CIMENTO ARMADO
Batem estacas no terreno morto,
No terreno morto surge vida nova,
As goiabeiras do velho parque
E os roseirais abandonados,
Serão cortados
E derrubados
Um prédio novo de dez andares,
Frio e cinzento,
Terá seu corpo de cimento-armado
Enraizado no velho parque
de goiabeiras
De roseirais
Batem estacas no terreno morto.
Século vinte…
Vida de aço…
Cimento-armado!
Batem as estacas
Um prédio novo, de dez andares,
Terraços tristes,
Pássaros presos,
Rosas suspensas,
Flores da vida,
Rosas de dor.
1. Nos versos “Batem estacas no terreno morto, / No terreno morto surge vida nova”:
a) Qual é o sujeito da frase do 1° verso? e do 2°?
b) Associando-se um sujeito a outro, a quem se refere a vida nova?
2. O eu lírico refere-se a um terreno morto. O que ele era antes do início da construção de um prédio?
3. Depois de serem cortados e derrubados os roseirais e as goiabeiras:
a) O que se enraizará e tomará corpo no terreno morto?
b) De que material será essa nova vida que ali irá surgir?
4. Na frase "As goiabeiras do velho parque / E os roseirais abandonados / Serão cortados / E derrubados":
a) Em que voz está o verbo?
b) Nessa frase, omitiu-se o agente da passiva. Na sua opinião, essa omissão é proposital? Por quê?
5. O eu lírico refere-se a uma situação que ocorre no século XX.
a) Por que, na sua opinião, o terreno está morto?
b) Levante hipóteses: Por que, na sua opinião, nas grandes cidades, os prédios tomaram o lugar dos parques?
Fonte: Português: Linguagens
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