sexta-feira, 1 de janeiro de 2021

Atividade a partir do poema "Cimento Armado", de Paulo Bonfim


Leia o poema a seguir de Paulo Bonfim:

CIMENTO ARMADO

Batem estacas no terreno morto,
No terreno morto surge vida nova,
As goiabeiras do velho parque
E os roseirais abandonados,
Serão cortados
E derrubados

Um prédio novo de dez andares,
Frio e cinzento,
Terá seu corpo de cimento-armado
Enraizado no velho parque
de goiabeiras
De roseirais

Batem estacas no terreno morto.
Século vinte…
Vida de aço…
Cimento-armado!

Batem as estacas
Um prédio novo, de dez andares,
Terraços tristes,
Pássaros presos,
Rosas suspensas,
Flores da vida,
Rosas de dor.

1. Nos versos “Batem estacas no terreno morto, / No terreno morto surge vida nova”:
a)   Qual é o sujeito da frase do 1° verso? e do 2°?
b)   Associando-se um sujeito a outro, a quem se refere a vida nova?

2. O eu lírico refere-se a um terreno morto. O que ele era antes do início da construção de um prédio?

3. Depois de serem cortados e derrubados os roseirais e as goiabeiras:
a)   O que se enraizará e tomará corpo no terreno morto?
b)   De que material será essa nova vida que ali irá surgir?

4. Na frase "As goiabeiras do velho parque / E os roseirais abandonados / Serão cortados / E derrubados":
a) Em que voz está o verbo?
b) Nessa frase, omitiu-se o agente da passiva. Na sua opinião, essa omissão é proposital? Por quê?

5. O eu lírico refere-se a uma situação que ocorre no século XX.
a)   Por que, na sua opinião, o terreno está morto?
b)   Levante hipóteses: Por que, na sua opinião, nas grandes cidades, os prédios tomaram o lugar dos parques?


Fonte: Português: Linguagens

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