terça-feira, 24 de agosto de 2010
Gabarito: Atividade de ortografia
# Respostas:
Os deZ barracos de madeira da comunidade de Mapurilândia vão diminuindo de tamanho lentamente, à medida que as quatro canoas atraveSSam o Paraná do Maiana, um braÇo de 16 quilômetros que liga o Rio Solimões a si mesmo. Levando redes de dormir, malhadeiras (redes de pesca), arpões, farinha, café e lanternas, os quatro pescadores entram no Cano do Jenipapo, o pequeno rio que conduZ ao Valentim, um dos cinco lagos em que a comunidade faZ o maneJo do pirarucu.
Seguindo a capriCHoSa hidrografia da floresta, o cano faZ uma curva de 30 graus à direita, e revela, depois de meia hora de viaGem, o primeiro obstáculo: dois troncos de mungubeiras atraveSSam o riaCHo. Eles Emergiram, como áreas inteiras de várZea, com a diminuiÇão do nível das águas, no verão amaZônico (junho a outubro). Com maCHados e terÇados (facões), os pescadores “toram” o tronco de baiXo. Depois de 25 minutos de trabalho eXtenuante, abre-se uma fenda sob o tronco de Cima, e os homens paSSam de canoa com as cabeças abaiXadas.
Mais meia hora de viaGem, e agora é a tapaGem (capim na superfície da água) que Impede a paSSaGem. O mato é cortado a golpes de terÇado e Empurrado com os remos, numa penoSa traveSSia que conSome 17 minutos. Os dois motores rabeta (de 5,5 cavalos) que impulSionam as canoas (uma delas reboca outras duas) são desligados, e os pescadores entram remando em silêncio no maGestoSo Lago Valentim-1. Nele, motores são proibidos, para evitar que os peiXes fuJam para o rio.
PaSSam-se deZ minutos, e os pescadores perCebem o primeiro pirarucu. O repórter e o fotógrafo do Estado nada vêem. Os ribeirinhos não só vêem, mas ouvem, sentem, medem e peSam. “É um grande”, concluem. As quatro canoas formam um círculo ao seu redor. Os pescadores se equilibram nas proas, Empunhando as hastes de 3 metros dos arpões. O tempo passa.
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