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segunda-feira, 11 de abril de 2022

Atividade sobre o texto teatral a partir da peça "O que os meninos pensam delas?", de Adélia Nicolete



Vamos, agora, conhecer melhor o que é o texto teatral, isto é, o texto escrito para ser encenado.

O que os meninos pensam delas?

A ação se passa na sala de estar de um apartamento de classe média, num dos últimos andares. Um pôster de algum astro de música pop decora uma das paredes. As meninas fazem reverência a ele de vez em quando.
Sábado à tarde. Televisão, revistas espalhadas por todo o ambiente. Refrigerantes, salgadinhos, etc. A cena começa com Carol e Ana Paula acompanhando um clipe internacional de rock na TV, lendo a letra da música em uma revista. As duas cantam, dançam. De repente, Ana Paula emburra e desliga a TV.

CAROL - Eh, animal! Dá aqui esse controle remoto! O que foi agora, Ana Paula?

ANA PAULA - Não se faça de desentendida!

CAROL - Eu tava desafinando tanto assim?...

ANA PAULA - Não! É que eu tô aqui toda amiguinha sua e me lembrei que eu devia estar uma fera com você!

CAROL (liga novamente a TV, mais baixo) - Fera comigo?! Tá louca? O que que eu fiz, Ana Paula?

ANA PAULA - Eu vou embora! (começa a juntar algumas revistas)

CAROL - Como vai embora? Sua mãe viajou! Vai ter que me aguentar o fim de semana in-tei-ri-nho! E eu vou conversar até de madrugada, você não vai conseguir dormir!!! (gargalhada macabra) Porque eu tenho insônia!!!!

ANA PAULA - E a noite tá só começando...

CAROL (Terrorista) - Eu tenho insônia!

ANA PAULA - Para! Que terrorismo! (procura algo nas revistas) Insônia, insônia... Eu tenho a solução. Cadê?
T'aqui: "um copo de leite morno antes de dormir pode ajudar". Pronto. Você mama e dorme.

CAROL - Não adianta copo de leite morno. É mal de família. Só dormimos depois das três.

ANA PAULA - Se ao menos usasse esse tempo pra estudar, garanto que tirava notas melhores.

CAROL - Começou a humilhação. A vingança da CDF! Se eu não fosse sua amiga, Ana Paula, juro que ia ser sua pior inimiga!

ANA PAULA - Amiga! Que amiga?... Contar pro Toninho que eu tava a fim dele!?

CAROL - Ah! É por isso que você tá tão fula da vida?

ANA PAULA - Contou ou não contou?

CAROL - Contei, e daí? Você não tava mesmo a fim do cara?

ANA PAULA - Tava! Mas era segredo, entre mim e você! Cadê? (procura nas revistas) Ah! Essas revistas são a minha salvação! Achei! (beija a revista) Tem aqui uma coisa básica sobre paquera, escuta só: "Quando o menino sabe que a menina tá a fim, a tendência é a relação esfriar". E foi o que aconteceu! O Toninho começou a me evitar!!!

CAROL - Ai, Ana Paula! Só quis ajudar, poxa... O cara também não se decidia! Uma hora dava bola, outra hora, não... Cara indeciso... (vai pegar a pipoca)

ANA PAULA - Eu detesto isso, detesto! Deixa que eu resolvo as minhas coisas do meu jeito!

CAROL (Carol dá de ombros, come pipoca) - Só quis ajudar...

ANA PAULA - Dispenso a sua ajuda! Sempre que eu dou ouvidos pros seus planos eu me ferro. Sempre! Eu não me abro mais com você, Carol! Nunca mais!

CAROL (se desculpando) - Puxa vida, Aninha, também não é pra tanto...

ANA PAULA - Cadê? (procura nas revistas) Onde tá? "Quando uma amiga rompe um segredo, isso, muitas vezes, significa que poderá romper muitos outros. Cuidado!"

CAROL - Ah, é? Então vem cá. (procura também) Tá naquela que tem o Leo di Caprio... (encontra, lê) Escuta essa: "Amigas também erram. Se houve sinceridade por tanto tempo, por que não perdoar um errinho de nada? Relaxe!" (mostra pra Ana) Tá vendo? (oferece pipoca e abraço)

Ana Paula aceita o abraço. Fazem gestos de reconciliação com as mãos.

ANA PAULA - Eu não devia! Não vai demorar muito pra você aprontar outra das suas! É do seu caráter...

CAROL - Enquanto isso...

AS DUAS - Anestesia!

As duas correm e se prostram em frente à TV por um tempo, comem pipoca.
(Adélia Nicolete. O que os meninos pensam delas?. Disponível em: www.encontrosdedramaturgia.com.br/?page_id=599. Acesso em: 14/6/2015.)

# Questões:
1. Considerando o título da obra da qual foi extraído o texto - "O que os meninos pensam delas?" -, levante hipóteses: Qual é, provavelmente, o tema da peça?

2. O texto se inicia com dois parágrafos grafados em letras de tipo diferente - o itálico. Trechos como esse são chamados de rubrica. De acordo com esses parágrafos:
a. Em que lugar a cena acontecerá?

b. Que personagens participarão da cena? Qual é a idade delas? Comprove suas respostas com elementos do texto.

c. Qual é o nível social das personagens? Comprove sua resposta com elementos do texto.

d. Conclua: Qual é o papel da rubrica no início desse texto?

3. A partir do 3º parágrafo, a história começa a ser encenada.
a. Existe um narrador que conta o que acontece e o que as personagens falam?

b. De que modo a história se desenrola?

4. No texto, os diálogos cumprem um papel fundamental. De que modo o autor indica quem está falando?

5. Além da rubrica que introduz a peça, aparecem ao longo do texto outras rubricas, apresentadas sempre entre parênteses. Veja:
- "(começa a juntar algumas revistas)"
- "(gargalhada macabra)"
- "(se desculpando)"

a. Qual dessas rubricas indica ação da personagem ou fato que está acontecendo?

b. Qual indica modo de falar?

c. Qual indica som?

d. Conclua: Qual é o papel dessas rubricas no texto?

6. Carol e Ana Paula estão no apartamento de Carol, passando o fim de semana juntas.
a. Como elas se sentem? Por que se sentem assim?

b. Ana Paula revela estar magoada com Carol. Qual é o motivo da mágoa?

7. Ana Paula e Carol discutem e Ana Paula pega uma revista para fundamentar suas opiniões. 
a. Que tipo de revista você imagina que as personagens leem?

b. O que personagens como Ana Paula e Carol buscam em revistas como essa?

c. Elas parecem acreditar nos conselhos dados pela revista?

8. Terminada a discussão, as meninas se abraçam e depois dizem, juntas: "Anestesia!". Levante hipóteses: O que elas querem dizer com essa palavra, no contexto?

9. Nos textos teatrais, a linguagem das personagens pode variar bastante, de acordo com a época retratada, com o perfil de cada personagem (idade, grau de instrução, origem, etc.), com a situação representada, etc.
a. Como é a linguagem das personagens do texto lido? Caracterize-a.

b. Essa linguagem coincide com a que é usada pelos adolescentes hoje? Por quê?

10. Todo texto é produzido com uma finalidade, levando-se em conta determinados aspectos, como quem produz, quem é o interlocutor, qual é o meio em que vai circular, etc.
Em relação à peça teatral "O que os meninos pensam delas?", responda:
a. Que finalidade ela tem?

b. Que tipo de público ela tem como alvo?

Fonte: Português: Linguagens, William Cereja et al.

quarta-feira, 20 de maio de 2020

Atividade sobre a peça teatral "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna


Atividade para aula de língua portuguesa/literatura por meio de exercícios a partir de análise e interpretação de um fragmento da peça  "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna

O texto a seguir é um fragmento do "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, uma peça teatral de fundo popular e religioso.
O trecho faz parte da cena do julgamento, na qual as personagens, após a morte, aguardam uma decisão quanto a seu futuro. O Encourado, que as recebe, manda o Demônio levá-las para o inferno. As personagens, aos gritos, resistem. Repentinamente, João Grilo, falando bem alto, diz que tem direito a um julgamento. As outras personagens o apoiam. Nesse momento, pancadas de sino começam a soar. O Encourado fica agitado.

"JOÃO GRILO - Ah! pancadinhas benditas! Oi, está tremendo? Que vergonha, tão corajoso antes, tão covarde agora! Que agitação é essa?
ENCOURADO - Quem está agitado? É somente uma questão de inimizade. Tenho o direito de me sentir mal com aquilo que me desagrada.
JOÃO GRILO - Eu, pelo contrário, estou me sentindo muito bem. Sinto-me como se minha alma quisesse cantar.
BISPO, estranhamente emocionado. - Eu também. É estranho, nunca tinha experimentado um sentimento como esse. Mas é uma vontade esquisita, pois não sei bem se ela é de cantar ou de chorar.
Esconde o rosto entre as mãos. As pancadas do sino continuam e toca uma música de aleluia. De repente, João ajoelha-se, como que levado por uma força irresistível e fica com os olhos fixos fora. Todos vão-se ajoelhando vagarosamente. O Encourado volta rapidamente as costas, para não ver o Cristo que vem entrando. É um preto retinto, com uma bondade simples e digna nos gestos e nos modos. A cena ganha uma intensa suavidade de Iluminura. Todos estão de joelhos, com o rosto entre as mãos.
ENCOURADO, de costas, grande grito, com o braço ocultando os olhos - Quem é? É Manuel?
MANUEL - Sim, é Manuel, o Leão de Judá, o Filho de Davi. Levantem-se todos, pois vão ser julgados.
JOÃO GRILO - Apesar de ser um sertanejo pobre e amarelo, sinto perfeitamente que estou diante de uma grande figura. Não quero faltar com o respeito a uma pessoa tão importante, mas se não me engano aquele sujeito acaba de chamar o senhor de Manuel.
MANUEL - Foi isso mesmo, João. Esse é um de meus nomes, mas você pode me chamar também de Jesus, de Senhor, de Deus... Ele gosta de me chamar Manuel ou Emanuel, porque pensa que assim pode se persuadir de que sou somente homem. Mas você, se quiser, pode me chamar de Jesus.
JOÃO GRILO - Jesus?
MANUEL - Sim.
JOÃO GRILO - Mas, espere, o senhor é que é Jesus?
MANUEL - Sou.
JOÃO GRILO - Aquele Jesus a quem chamavam Cristo?
JESUS - A quem chamavam, não, que era Cristo. Sou, por quê?
JOÃO GRILO - Porque... não é lhe faltando com o respeito não, mas eu pensava que o senhor era muito menos queimado.
BISPO - Cale-se, atrevido.
MANUEL - Cale-se você. Com que autoridade está repreendendo os outros? Você foi um bispo indigno de minha Igreja, mundano, autoritário, soberbo. Seu tempo já passou. Muita oportunidade teve de exercer sua autoridade, santificando-se através dela. Sua obrigação era ser humilde porque quanto mais alta é a função, mais generosidade e virtude requer. Que direito tem você de repreender João porque falou comigo com certa intimidade? João foi um pobre em vida e provou sua sinceridade exibindo seu pensamento. Você estava mais espantado do que ele e escondeu essa admiração por prudência mundana. O tempo da mentira já passou.
JOÃO GRILO - Muito bem. Falou pouco mas falou bonito. A cor pode não ser das melhores, mas o senhor fala bem que faz gosto.
MANUEL - Muito obrigado, João, mas agora é sua vez. Você é cheio de preconceitos de raça. Vim hoje assim de propósito, porque sabia que isso ia despertar comentários. Que vergonha! Eu Jesus, nasci branco e quis nascer judeu, como podia ter nascido preto. Para mim, tanto faz um branco como um preto. Você pensa que eu sou americano para ter preconceito de raça?
PADRE - Eu, por mim, nunca soube o que era preconceito de raça.
ENCOURADO, sempre de costas para Manuel - É mentira. Só batizava os meninos pretos depois dos brancos.
PADRE - Mentira! Eu muitas vezes batizei os pretos na frente.
ENCOURADO - Muitas vezes, não, poucas vezes, e mesmo essas poucas quando os pretos eram ricos.
PADRE - Prova de que eu não me importava com cor, de que o que me interessava...
MANUEL - Era a posição social e o dinheiro, não é, Padre João? Mas deixemos isso, sua vez há de chegar. Pela ordem, cabe a vez ao bispo. (Ao Encourado.) Deixe de preconceitos e fique de frente.
ENCOURADO, sombrio - Aqui estou bem.
MANUEL - Como queira. Faça seu relatório
JOÃO GRILO - Foi gente que eu nunca suportei: promotor, sacristão, cachorro e soldado de polícia. Esse aí é uma mistura disso tudo.
MANUEL - Silêncio, João, não perturbe. (Ao Encourado.) Faça a acusação do bispo. (Aqui, por sugestão de Clênio Wanderley, o Demônio traz um grande livro que o Encourado vai lendo.)"

# Exercícios:
1. O texto teatral e o texto narrativo apresentam semelhanças: tanto um quanto o outro narram fatos vividos por personagens em determinado tempo e lugar.
a) Qual é o fato principal desse texto?
b) Onde possivelmente ocorrem os fatos?
c) Qual é, aproximadamente, o tempo de duração dessa cena?

2. Nesse texto, o narrador está ausente. Apesar disso, conseguimos ter uma visão ampla acerca das personagens.
a) Que ideia você faz de João Grilo e do bispo?
b) De que forma as características de cada personagem nos são reveladas, se não há narrador?

3. No texto teatral, as falas das personagens assumem um papel de destaque na construção da história. Como é reproduzida a fala das personagens: pelo discurso direto e indireto?

4. Há, no texto teatral, alguns trechos em letra do tipo diferente, ou seja, itálico, como, por exemplo:
"BISPO, estranhamente emocionado
Todos vão se ajoelhando vagarosamente
ENCOURADO, sempre de costas para Manuel"

Qual é a função desses trechos?

5. O texto teatral é escrito para ser representado. Nessa cena, que tipo de variedade linguística predomina:
a) culto formal     b) culto informal     c) regional     d) popular

6. Quando se lê um texto teatral, o leitor é o interlocutor do drama vivido pelas personagens. Quem é o interlocutor quando o texto teatral é representado?

Fonte: Português: Linguagens. CEREJA e MAGALHÃES Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

# RESPOSTAS (GABARITO)

# Clique aqui e conheça a lista de atividades para cada uma das escola literárias

quarta-feira, 27 de março de 2019

Peça teatral: "Bullying na Escola? Estou Fora! (Parte 2)




BULLYING NA ESCOLA? ESTOU FORA! (PARTE 2)

Cenário: sala de aula

Personagens:
Luiz Philip (dedicado aos estudos)
Luiza (aluna apaziguadora)
Sophia (pratica bullying)
Stephany (pratica bullying)
Gabriel (pratica bullying)
João Pedro (JP) (pratica bullying)
Professora
Alunos: figurantes

(mesa do professor, cadeiras enfileiradas, formando uma sala de aula) (Entra a turma fazendo baderna, guerra de bolinhas e aviõezinhos de papel)

Professora - Olá, Turma!
Todos - Olá, professora!
(Chega o aluno Luiz Philip atrasado)
Luiz Philip - Bom dia, professora! Posso entrar na sala?
Professora - Pode sim, Luiz Philip!
Sophia - Veja só, Stephany! O nerd chegando atrasado? (risos)
Stephany - Pois é, Sophia... Quem diria... heim? (risos)
Gabriel - O Sabidão pode chegar atrasado... ham?
JP - Se fosse comigo era ocorrência certa... né?
Luiza - Parem de criancice! A primeira vez que ele chega atrasado... ora!
Sophia - Olha só, a Luiza ficou boladinha! (risos)
Stephany - Não ri não, amiga! Ela vai chorar (elas debocham "buááá")
Luiza - A única que vai chorar aqui será você, Sophia! Se não fechar essa boca...
(As duas se levantam pra uma briga, mas professora interrompe)
Professora - Parem já as duas! Luiza e Sophia, voltem para as suas carteiras! Vamos começar nossa aula!
Luiza - Desculpas, professora!
Sophia - Menina chata! (fazendo careta)
Professora - Bem, hoje a aula é sobre verbo! Copiem o dever do quadro!
Luiz Philip - Professora, podemos pesquisar sobre os verbos irregulares também... certo?
Professora - Claro, Luiz!
Sophia - Muito puxa-saco!
Stephany - Irritante!
Gabriel - Muito boca-aberta!
JP - Nem falo nada!
Luiza - Pelo menos ele é dedicado aos estudos, né?
Stephany - Cala a boca, garota! Ninguém  está falando com você!
(Luiza ameaça se levantar pra ir pra cima de Stephany, mas é contida por Luiz)
Luiz Philip - Calma, Luiza! Não se rebaixe ao nível dela...
(Elas dão risadas)
Gabriel (tramando) - Luiz, chegue aqui para eu te falar um negócio...
Luiz - Se for pra me zombar, já vou avisando que...
Gabriel - Calma, cara! É algo que você vai gostar de ouvir... Fala pra ele, JP!
JP - É o seguinte: você já notou que a Luiza sempre olha pra você de um jeito diferente?
Luiz - A Luiza? Como assim?
Gabriel - Se toca, cara! Ela está afinzona de você!
JP - Isso aí! está na cara!
Luiz - Será? Não pode ser...
JP - Tô te falando! Você não acha ela bonitinha?
Luiz - Eu? É... Sim.. Cla-cla-ro! Mas...
Gabriel - Não tem "mas"... Vamos fazer o seguinte, Luiz! Se você chegar nela e pedir um beijo, prometemos que nunca mais vamos zombar de você!
Luiz - Sério?
JP - Luiza, querida!
Luiz - Não... espere!
JP - O Luiz Philip tem algo muito importante pra te perguntar...
Luiza - Pare de perturbar o Luiz, JP! Já vou avisando...
Gabriel - Luizinha, pare de ser agressiva! O negócio é sério!
Luiza - É verdade, Luiz? O que você tem pra me dizer?
Luiz: É que... eu... não... é.. quer dizer... eu... você sabe!
Luiza: Como assim?
Luiz: Eu quero que você... e eu... digo.... você... me ajude a fazer o dever. Você me ajuda?
Luiza: Claro!
Sophia: Gente, escutem essa! O Luiz Philip e a Luiza ainda são BVs!
Todos: (gritam) BV! BV! BV! BV!
Professora: Silêncio, turma!
(a turma se silencia)
Professora: Sophia! Já terminou de copiar o dever do quadro?
Sophia: Estou terminando, professora!
(Luiz e Luiza retornam aos deveres, cada um na sua carteira)
(O sinal toca, todos saem para o intervalo. Luiz e Luiza preferem permanecer na sala com vergonha de encarar os colegas de sala)
Luiza: Você não vai para o intervalo?
Luiz: Ah.. não sei.. acho melhor ficar aqui, quieto na minha! E você?
Luiza: Sério? Mas por quê?
Luiz: Ah, você sabe! Eles... os alunos... não gostam de mim... sempre me chamam de Nerd, CDF, BV e outros apelidos...
Luiza: Mas isso não pode continuar assim... Não podemos aceitar que pessoas como a Sophia, a Sthephany, o Gabriel e o JP façam com a gente o que quiser... Tratando a gente mal... humilhando a gente na frente de todos.
Luiz: Eu sei... mas o que podemos fazer?
Luiza: Podemos contar para a professora... para diretora... chamar os nossos pais!
Luiz: Isso é pior... vão acabar chamando a gente de puxa-saco... criancinha... filhinho-da-mamãe...
Luiza: Ah... mas essa situação não pode continuar assim...
(toca o sinal) (Chegam Sophia, Stephany, Gabriel e JP)
Sophia: Vejam, galera! Os pombinhos estão se entendendo.
Stephahy: “O amor é lindo”... Hahaha!
Gabriel: Huuum... será que vai rolar um beijinho hoje... heim?
Todos: Beija... beija.. beija!
Luiza: Parem! Eu não vou mais aceitar essas brincadeiras bobas!
Sophia: Hum! A pombinha ficou brava!
Sthephany: O que você vai fazer, sua chata?
Luiza: Farei o que for preciso para acabar com essa humilhação que eu e o Luiz estamos sofrendo!
Sophia: É mesmo? É o que veremos!
(Sophia tenta agarrar o cabelo de Luiza que, se desvia, e empurra Sophia no chão) (Luiz sai de cena)
Sophia: Segurem a Luiza! Hoje ela vai aprender a não se meter comigo!
Todos: Po-rra-da! Po-rra-da! Po-rra-da!
(A Sthephany segura a Luiza que vira alvo de Sophia)
Professora: O que que está acontecendo aqui?! Sophia e Sthephany, o que estavam tramando contra a Luiza! Posso saber?
Sophia: Nada não professora! (as garotas se silenciam)
Professora: Nem precisa dizer mais nada! O Luiz me chamou para ver tudo o que estavam tramando! Vocês serão suspensas e os seus pais serão chamados para virem ao colégio! Desrespeito ao colega é coisa muito séria!
(As meninas saem)
Professora: Voltem todos para os seus lugares! Vamos retornar à aula!
Luiza: Luiz, você foi super legal comigo!
Luiz: Que nada, Luiza! Você é que foi legal comigo, pois me fez criar coragem para tomar essa atitude de chamar a professora para deter Sophia!
Luiza: Nem sei como te agradecer!
Luiz: Não precisa! Basta sermos amigos, certo?
(Luiza faz sinal que sim e o agradece com um beijo no rosto. Após o beijo, os dois retornam aos seus lugares envergonhados e felizes)
FIM

(Redação final: Diogo de Oliveira Paula)

# Leia também:
BULLYING NA ESCOLA? ESTOU FORA! (PARTE 1)

domingo, 11 de outubro de 2015

Peça teatral sobre combate à dengue (teatro)



Nome da peça teatral: A Dengue 2013.

                                    AUTOR: FERES CURY
Início:
  Os personagens entram cantando:
 A cada cinco pessoas de modo a formar um semi círculo:( cantando )
  Cada grupo irá cantar uma moda de ninar: Os lados opostos ao semi-circulo.
 1º grupo: Nós somos da pátria aguada,
                  Fiéis soldados.
                  Nós somos a Dengue malvada,
                  Somos amigos da água parada.
           
2º grupo: Nós somos da pátria amada,
                 Fiéis soldados.
                 Combatemos a dengue malvada,
                 Somos inimigos da água parada.

1º grupo: A barata diz que tem,
                 Sete saias de filó.
                 É mentira da barata,
                 Ela deu pro mosquito
                 O seu belo guarda-pó.

2º grupo: A barata diz que tem:
                 Sete saias de filó.
                 É mentira da barata,
                 Ela deu pro mosquito
                 O pneu, com água e pó.

1º grupo:  Pirulito que bate-bate,
    e            Pirulito que já bateu.
2º grupo   Quem gosta de mim é ela,
                  Quem gosta dela sou eu.
                  A dengue é um bichinho,
                  Violento que da dó;
                  Gosta da sujeira, água limpa do pirapó!

                 Outras: Atirei um pau no gato.
                               Se eu fosse um peixinho...

Apresentação da peça teatral:

1ª pessoa:  Vestes A DENGUE.
  Olha só! Esse bairro é um paraíso!
  Que legal!
  Vejo quintais, com pneus, garrafas vazias, vasos com plantas...
  Ei!!! Olha só! Todos cheios da água...
  Ufa!!!!
  Ainda bem que ninguém, ninguém mesmo teve a idéia de fazer uma limpeza.
  Olha só!
  Aqui é o lugar perfeito prá "EU" morar... Espera aí!
  Vou buscar toda a minha família!
  Pois aqui é o lugar perfeito para EU crescer e morar...
  Até pensei em por uma Plaquinha:
  Nesse belo quintal.
  Aqui mora A FAMÍLIA DENGUE.

2ª Pessoa: Vestes  Fiscal da Prefeitura.
   Eu sou um agente da prefeitura;
   E vou visitar Esse Bairro.
   Pois...Parece que lá existe muito MOSQUITO DA DENGUE.
   EEpa!...Pois parece que há muito mesmo...
  Olha  só!
  Nesse....Bairro; houve vários casos de pessoas que ficaram "doentes".
  Eu sou:"UM AGENTE" da DENGUE.
  Vamos lá!... Vamos tentar adiantar... Ola! Pessoal!
  Batendo Palmas!!!!!!!!!!!...............
  Oi! Bom Dia! Senhora.
  Sou Um Agente da Dengue; e sou enviado pela Prefeitura.
  Podemos conversar!
  Ela!
  Que legal!
  Que o senhor veio...
  Pois... O Bairro esta inteiro apavorado com essa doença e ninguém sabe o que fazer!
  Posso dar uma olhada no seu quintal!
  Sim...Entre por favor!

3ª Pessoa: Vestes O MOsquito da Dengue
  Estou escutando vozes...
  Quem será que veio pra perturbar o meu sossego....
  Faz muito tempo que ninguém aparece por aqui!
  Vou me esconder...  Ou melhor!
  Vou mesmo nadar um pouco nesse PNEU ou talvez nessa GARRAFA.

4ª Pessoa: O Agente  ( vestes agente da Prefeitura ).
  Mas... O que estou vendo aqui!...
 Por aqui!
 Garrafas vazias...Pneus velhos!... Vasos de plantas com pratinhos com água... E todos cheios de água e INSETOS... Olha só... São LARVAS...

5ª Pessoa ( Vestes Dr PNEU )
  Faz um tempão que estou jogado aqui!
  E quando chove! Fico Cheio de água e também de mosquitos da dengue pois "ELES" adoram morar na água e é também aonde se reproduzem.

6ª Pessoa  ( Vestes Dr GARRAFA ).
  Comigo acontece o mesmo!
  Fiquei escondidinho nesse canto,
  E veja....
  Estou cheio d"água e de mosquito.
  Eu já não aguento mais...

7ª PESSOA   Dr PLANTINHA
  Que bom! Todos gostam de mim!
  Me cuidam bem.
  Dão água pra mim todos os dias.
  Para que as plantas fiquem mais bonitas.
     EU NÃO SABIA!
     Que no pratinho
     Aonde fica água...
    Era tão perigoso!

  Agora sim!
  Estou vendo que ELE é um verdadeiro criadouro de:
  MOSQUITO DA DENGUE.
  O que podemos fazer para isso não acontecer?
        SIM!
  O que podemos fazer?
 A gente não quer prejudicar ninguem!

8ª PESSOA ( Vestes A Professora )
  Eu sou a Professora dessa Escola!
  Vou passar todas as medidas de PREVENÇÃO contra a DENGUE:
  Eu passarei essas orientações para  as crianças que por sua vez passarão aos seus...

9ª PESSOA  ( Vestida de Mosquito da Dengue )

  Eu estou bem escondido;
  Mas... escutei tudo! tudinho!!!
  Parece que querem acabar COMIGO!  UAU!!!!
  Mas! ... Eu vou resistir...
  Vou me esconder em...
  Qualquer GARRAFA VAZIA!
      PNEU!!!
      VASO ou Recipiente
       Que tenha água limpa! Parada!
       Ali, estarei...
      Risos:  Ah!...Ah!...Ra! Ra!Ra!...
      Pessoal!....

AGORA O GRUPO DE PESSOAS    ( TODOS ):
Nós temos que formar:
Uma rede de informação ao combate da DENGUE...
Para isso precisamos do apoio da COMUNIDADE EM GERAL:
*Igrejas,
*Escolas,
*Clubes, Lions Clube,
*Prefeitura,
*Bombeiros,
*Militares,
*Empresas,
*Todos os seguimentos sociais...

VEJAM SÓ!
  A Professora que tem contato com as crianças e os pais;
  O Trabalhador de Empresa, enfim, todos colaborando...
  Repassando as informações para todos... somente assim...
  A Professora falou como combater O MOSQUITO DA DENGUE!
  Vou fazer uma limpeza no meu quintal lá em casa...

O MOSQUITO  ( vestes de dengue )
  Ai que raiva!
  Esse bairro vai estar limpo!
  Sem pneus...garrafas...plantinhas...
  Tudo vai desaparecer!!!!!!!
   Ei!...     Espera ai!...
     Preciso encontra outro lar! Outro bairro...
          Socorro! Socorro!  Socorro!
              Vou morrer!   Estou morrendo...
                        Ai que raiva!....

TODOS OS MEMBROS PARA FINALIZAR:
  Quem tem estudo, é estudioso!
  Quem tem amor, é amoroso!
  Quem tem Gota é Gotoso!
  E...Quem tem DENGUE é DENGOSO!
                        Salve-se quem puder...

Fonte: http://belezamaringa.blogspot.com.br/

sábado, 2 de novembro de 2013

Atividade de português sobre o gênero "Texto Teatral" (Teatro)


Atividade para aula de língua portuguesa/literatura por meio de exercícios a partir de análise e interpretação de um fragmento da peça  "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna

O texto a seguir é um fragmento do "Auto da Compadecida", de Ariano Suassuna, uma peça teatral de fundo popular e religioso.
O trecho faz parte da cena do julgamento, na qual as personagens, após a morte, aguardam uma decisão quanto a seu futuro. O Encourado, que as recebe, manda o Demônio levá-las para o inferno. As personagens, aos gritos, resistem. Repentinamente, João Grilo, falando bem alto, diz que tem direito a um julgamento. As outras personagens o apoiam. Nesse momento, pancadas de sino começam a soar. O Encourado fica agitado.
"JOÃO GRILO - Ah! pancadinhas benditas! Oi, está tremendo? Que vergonha, tão corajoso antes, tão covarde agora! Que agitação é essa?
ENCOURADO - Quem está agitado? É somente uma questão de inimizade. Tenho o direito de me sentir mal com aquilo que me desagrada.
JOÃO GRILO - Eu, pelo contrário, estou me sentindo muito bem. Sinto-me como se minha alma quisesse cantar.
BISPO, estranhamente emocionado. - Eu também. É estranho, nunca tinha experimentado um sentimento como esse. Mas é uma vontade esquisita, pois não sei bem se ela é de cantar ou de chorar.
Esconde o rosto entre as mãos. As pancadas do sino continuam e toca uma música de aleluia. De repente, João ajoelha-se, como que levado por uma força irresistível e fica com os olhos fixos fora. Todos vão-se ajoelhando vagarosamente. O Encourado volta rapidamente as costas, para não ver o Cristo que vem entrando. É um preto retinto, com uma bondade simples e digna nos gestos e nos modos. A cena ganha uma intensa suavidade de Iluminura. Todos estão de joelhos, com o rosto entre as mãos.
ENCOURADO, de costas, grande grito, com o braço ocultando os olhos - Quem é? É Manuel?
MANUEL - Sim, é Manuel, o Leão de Judá, o Filho de Davi. Levantem-se todos, pois vão ser julgados.
JOÃO GRILO - Apesar de ser um sertanejo pobre e amarelo, sinto perfeitamente que estou diante de uma grande figura. Não quero faltar com o respeito a uma pessoa tão importante, mas se não me engano aquele sujeito acaba de chamar o senhor de Manuel.
MANUEL - Foi isso mesmo, João. Esse é um de meus nomes, mas você pode me chamar também de Jesus, de Senhor, de Deus... Ele gosta de me chamar Manuel ou Emanuel, porque pensa que assim pode se persuadir de que sou somente homem. Mas você, se quiser, pode me chamar de Jesus.
JOÃO GRILO - Jesus?
MANUEL - Sim.
JOÃO GRILO - Mas, espere, o senhor é que é Jesus?
MANUEL - Sou.
JOÃO GRILO - Aquele Jesus a quem chamavam Cristo?
JESUS - A quem chamavam, não, que era Cristo. Sou, por quê?
JOÃO GRILO - Porque... não é lhe faltando com o respeito não, mas eu pensava que o senhor era muito menos queimado.
BISPO - Cale-se, atrevido.
MANUEL - Cale-se você. Com que autoridade está repreendendo os outros? Você foi um bispo indigno de minha Igreja, mundano, autoritário, soberbo. Seu tempo já passou. Muita oportunidade teve de exercer sua autoridade, santificando-se através dela. Sua obrigação era ser humilde porque quanto mais alta é a função, mais generosidade e virtude requer. Que direito tem você de repreender João porque falou comigo com certa intimidade? João foi um pobre em vida e provou sua sinceridade exibindo seu pensamento. Você estava mais espantado do que ele e escondeu essa admiração por prudência mundana. O tempo da mentira já passou.
JOÃO GRILO - Muito bem. Falou pouco mas falou bonito. A cor pode não ser das melhores, mas o senhor fala bem que faz gosto.
MANUEL - Muito obrigado, João, mas agora é sua vez. Você é cheio de preconceitos de raça. Vim hoje assim de propósito, porque sabia que isso ia despertar comentários. Que vergonha! Eu Jesus, nasci branco e quis nascer judeu, como podia ter nascido preto. Para mim, tanto faz um branco como um preto. Você pensa que eu sou americano para ter preconceito de raça?
PADRE - Eu, por mim, nunca soube o que era preconceito de raça.
ENCOURADO, sempre de costas para Manuel - É mentira. Só batizava os meninos pretos depois dos brancos.
PADRE - Mentira! Eu muitas vezes batizei os pretos na frente.
ENCOURADO - Muitas vezes, não, poucas vezes, e mesmo essas poucas quando os pretos eram ricos.
PADRE - Prova de que eu não me importava com cor, de que o que me interessava...
MANUEL - Era a posição social e o dinheiro, não é, Padre João? Mas deixemos isso, sua vez há de chegar. Pela ordem, cabe a vez ao bispo. (Ao Encourado.) Deixe de preconceitos e fique de frente.
ENCOURADO, sombrio - Aqui estou bem.
MANUEL - Como queira. Faça seu relatório
JOÃO GRILO - Foi gente que eu nunca suportei: promotor, sacristão, cachorro e soldado de polícia. Esse aí é uma mistura disso tudo.
MANUEL - Silêncio, João, não perturbe. (Ao Encourado.) Faça a acusação do bispo. (Aqui, por sugestão de Clênio Wanderley, o Demônio traz um grande livro que o Encourado vai lendo.)"

# Exercícios:
1. O texto teatral e o texto narrativo apresentam semelhanças: tanto um quanto o outro narram fatos vividos por personagens em determinado tempo e lugar.
a) Qual é o fato principal desse texto?
b) Onde possivelmente ocorrem os fatos?
c) Qual é, aproximadamente, o tempo de duração dessa cena?

2. Nesse texto, o narrador está ausente. Apesar disso, conseguimos ter uma visão ampla acerca das personagens.
a) Que ideia você faz de João Grilo e do bispo?
b) De que forma as características de cada personagem nos são reveladas, se não há narrador?

3. No texto teatral, as falas das personagens assumem um papel de destaque na construção da história. Como é reproduzida a fala das personagens: pelo discurso direto e indireto?

4. Há, no texto teatral, alguns trechos em letra do tipo diferente, ou seja, itálico, como, por exemplo:
"BISPO, estranhamente emocionado
Todos vão se ajoelhando vagarosamente
ENCOURADO, sempre de costas para Manuel"

Qual é a função desses trechos?

5. O texto teatral é escrito para ser representado. Nessa cena, que tipo de variedade linguística predomina:
a) culto formal     b) culto informal     c) regional     d) popular

6. Quando se lê um texto teatral, o leitor é o interlocutor do drama vivido pelas personagens. Quem é o interlocutor quando o texto teatral é representado?

Fonte: Português: Linguagens. CEREJA e MAGALHÃES Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

# RESPOSTAS (GABARITO)

sábado, 10 de março de 2012

Peça teatral: "Bullying na Escola? Estou Fora! - teatro




BULLYING NA ESCOLA? ESTOU FORA!
Autor: Diogo de Oliveira Paula

Cenário: sala de aula
Personagens:
Gabi: aluna nova
Roberta: líder das patricinhas
Fernanda: patricinha
Patrícia: patricinha
Guilherme: menino tímido
Professora
Alunos: figurantes

(mesa do professor, cadeiras enfileiradas, formando uma sala de aula)
Gabi: Uaaau! Que escola maneeeiríssima! Estou animadíssima para arranjar novas amizades!
(Entra a turma fazendo baderna, guerra de bolinhas e aviõezinhos de papel)
Gabi: Uaaau! Essa galera é show! Vou curtir pacas! (cochichando)
(Entra a professora e todos se silenciam)
Professora: Olá, turma!
Todos: Olá, professora!
Professora: Quero que vocês conheçam a Gabriela, a aluna nova da turma!
Gabi: (levantando-se) Olá para todos, galera! Podem me chamar de Gabi!
Professora: Seja bem-vinda Gabi!
Gabi: Bigadinha, fessora! (toda sorridente e animada)
Professora: Espero que todos os alunos tratem muito bem a nossa aluna nova. Certo, turma?
Todos: Certo!
Professora: Bem, hoje a aula é sobre verbo! Copiem o dever do quadro!
Gabi: Ai, que lindo! Estou tão feliz com a nova escola! Tantos gatinhos na sala! Aquelas meninas ali devem ser super legais! Vou logo me enturmar com elas!
Gabi: (virando-se para conversar com Roberta, Fernanda e Patrícia) Oi, gente! Qual é o nome de vocês?
Fernanda: Eu sou a Fernanda (com desinteresse)
Patrícia: Sou a Patrícia (com cinismo)
Roberta: E eu sou a Roberta, líder do grupo Bad Girls (intimidando).
Todas: Hahaha! (todas acham graça)
Gabi: De que vocês estão rindo? Qual a piada? Também quero rir!
Fernanda: A piada é você! (rindo)
Gabi: Eu? Como assim?
Patrícia: É você mesmo! Veja só essas marias-chiquinhas!
Fernanda: Muito cafona! Hahaha!
Roberta: Que coisa mais infantil! Cresça, garota!
(Gabi fica assustada e se volta para o seu dever toda tristinha)
Gabi: Ai! Meu primeiro dia de aula! Não fiz nenhuma amizade!
(Chega Guilherme e se senta perto dela)
Guilherme: Olá... Gabi! (tímido) Eu... sou... o Guilherme!
Gabi: Oi... Guilherme!
(os dois ficam parados um olhando para o outro num maior silêncio)
Guilherme: Tchau!
Gabi: Tchauzinho! Ai, eu preciso fazer alguma coisa para entrar no grupo da Roberta! Já sei! Vou tirar as marias-chiquinhas do meu cabelo! Assim, elas vão me aceitar numa boa no grupo delas! (e tira os acessórios do cabelo)
(Ela retorna sua atenção para as patricinhas)
Gabi: Pronto, gente! Mudei meu visual, vejam! Agora eu posso entrar no grupo de vocês, certo?
Roberta: Olha você pode entrar sim no nosso grupo...
Gabi: Oba!
Roberta: Mas da cintura para baixo!
Fernanda e Patrícia: Hahahaha!
Gabi: Como assim? Não entendi!
Roberta: Caia na real, garota! Veja o seu tamanho?
Fernanda: Baixinha!
Patrícia: Tampinha!
Roberta: Anã!
Todas: Hahahaha!
Patrícia: Você jamais vai entrar no nosso grupo!
Roberta: Calma, Patrícia! Vamos dar uma chance para ela entrar no nosso grupo! (tramando)
Gabi: Mesmo? Aí, gente, Bigada!
Fernanda: Chance?
Patrícia: Essa aí, no nosso grupo? Fala sério, Roberta!
Roberta: Calma, meninas! É o seguinte: você terá que beijar um menino da sala.
Gabi: Beijar?
Patrícia: Não me diga que você nunca beijou um menino?
Gabi: Eu? Não... é... digo... Não assim...
Fernanda: Assim como?
Gabi: Assim, sem saber quem.
Roberta: Mas você sabe quem é ele! É um gatinho (rindo).
Gabi: Quem?
Roberta: O Guilherme!
Patrícia: O menino BV! Hahaha!
Fernanda: Hahaha!
Gabi: Ai, gente! Eu... não posso fazer isso...
Roberta: Não tem essa, Gabi! Já vou chamar o Guilherme.
Gabi: Não, espere!
Roberta: Guilherme! Venha aqui, a Gabi quer te fazer uma perguntinha! (o Guilherme se aproxima)
Guilherme: Você que falar comigo, Gabi?
Gabi: É que... eu... não... é.. quer dizer... eu... você sabe!
Guilherme: Como assim?
Gabi: Eu quero que você... e eu... digo.... você.. me ajude a fazer o dever. Você me ajuda?
Guilherme: Claro!
Roberta: Gente, escutem essa! A Gabi e o Guilherme ainda são BVs!
Todos: (gritam) BV! BV! BV! BV!
Professora: Silêncio, turma!
(a turma se silencia)
Professora: Roberta, Fernanda e Patrícia! Já terminaram de copiar o dever do quadro?
Roberta: Estamos terminando, professora!
(Gabi e Guilherme retornam aos deveres, cada um na sua carteira)
(O sinal toca, todos saem para o intervalo. Gabi e Guilherme preferem permanecer na sala com vergonha de encarar os colegas de sala)
Guilherme: Você não vai para o intervalo?
Gabi: Ah.. não sei.. acho melhor ficar aqui, quieta na minha! E você?
Guilherme: É... eu sempre passo o intervalo em sala de aula mesmo..
Gabi: Sério? Mas por quê?
Guilherme: Ah, você sabe! Eles... os alunos... não gostam de mim... sempre me chamam de BV e outros apelidos...
Gabi: Mas isso não pode continuar assim... Não podemos aceitar que pessoas como a Roberta façam com a gente o que quiser... Tratando a gente mal... humilhando a gente na frente de todos.
Guilherme: Eu sei... mas o que podemos fazer?
Gabi: Podemos contar para a professora... para diretora... chamar os nossos pais!
Guilherme: Isso é pior... vão acabar chamando a gente de puxa-saco... criancinha... filhinho-da-mamãe...
Gabi: Ah... mas essa situação não pode continuar assim...
(toca o sinal) (Chegam Roberta, Fernanda e Patrícia)
Fernanda: Vejam, meninas! Os pombinhos estão se entendendo.
Patrícia: “O amor é lindo”... Hahaha!
Roberta: Huuum... será que vai rolar um beijinho hoje... heim?
Todos: Beija... beija.. beija!
Gabi: Parem, meninas! Eu não vou mais aceitar suas brincadeiras bobas!
Fernanda: Hum! A pombinha ficou brava!
Roberta: O que você vai fazer, sua tampinha?
Gabi: Farei o que for preciso para acabar com essa humilhação que eu e o Guilherme estamos sofrendo!
Roberta: É mesmo? É o que veremos!
(Roberta tenta agarrar o cabelo de Gabi que, se desvia, e empurra Roberta no chão) (Guilherme sai de cena)
Roberta: Meninas, segurem a Gabi! Hoje ela vai aprender a não se meter comigo!
Todos: Po-rra-da! Po-rra-da! Po-rra-da!
(As meninas seguram a Gabi que vira alvo de Roberta)
Professora: O que que está acontecendo aqui?! Roberta, Fernanda e Patrícia, o que estavam tramando contra a Gabriela! Posso saber?
Roberta: Nada não professora! (as garotas se silenciam)
Professora: Nem precisa dizer mais nada! O Guilherme me chamou para ver tudo o que estavam tramando! Vocês serão suspensas e os seus pais serão chamados para virem ao colégio! Desrespeito ao colega é coisa muito séria!
(As meninas saem)
Professora: Voltem todos para os seus lugares! Vamos retornar à aula!
Gabi: Guilherme, você foi super legal comigo!
Guilherme: Que nada, Gabi! Você é que foi legal comigo, pois me fez criar coragem para tomar essa atitude de chamar a professora para deter Roberta!
Gabi: Nem sei como te agradecer!
Guilherme: Não precisa! Basta sermos amigos, certo?
(Gabi faz sinal que sim e o agradece com um beijo no rosto. Após o beijo, os dois retornam aos seus lugares envergonhados e felizes)
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# Leia também:
BULLYING NA ESCOLA? ESTOU FORA! (PARTE 2)