domingo, 28 de abril de 2013

Atividade - Conto Africano (Literatura africana)


UNU NILE – Todos Vocês   (Conto africano)

Depois de formar a Terra, o Criador, todos os meses, realizava uma festa no céu para as aves, pois a mãe-terra ainda era jovem e não havia árvores frutíferas suficientes para alimentar a todas. Ele também aproveitava a ocasião para agradecer as aves pelos seus lindos cantos, dia e noite. Nesses tempos, a tartaruga vivia se queixando, pois fora criada com muito peso nas costas, suas pernas eram tão curtas que quase não conseguia se locomover e, ainda por cima, precisava andar muito atrás de comida. Todos os dias, queixava-se:
— Se eu tivesse asas, tudo seria diferente... A minha vida seria mais fácil.
Enquanto as aves, do alto das árvores, comiam frutas, a tartaruga, embaixo, lamentava a sua sorte, pois tinha que se contentar com os restos que caíam dos bicos delas.
De tanto ouvirem as lamentações da tartaruga, as aves fizeram uma reunião e decidiram ajudá-la. Cada uma doou uma de suas penas para confeccionar o melhor par de asas para o pobre réptil e ensiná-lo a voar.
A partir daquele dia, a vida da tartaruga mudou. Passou a fazer tudo que sempre havia desejado: voava de árvore em árvore, comendo as melhores frutas. Ela zombava dos animais que não tinham asas, pois não se considerava mais um réptil, mas uma ave. Deixou-se dominar pelo orgulho.
Na véspera da viagem para o céu, as aves convidaram a tartaruga para a festa do Criador, reservada só para os animais que voavam.
Egoísta e ingrata, a tartaruga ficou matutando um modo de comer o melhor da festa.
Antes da viagem, ela disse às aves que o céu era um lugar especial e, portanto, deveriam entrar lá de um modo especial. Propôs que cada uma escolhesse um novo nome. As aves aceitaram e todas escolheram um novo nome, cada um mais bonito do que o outro. A tartaruga ficou por último e disse que seu novo nome era Todos Vocês. As aves acharam aquele nome muito estranho, mas ninguém se importou.
Durante a viagem, a tartaruga fez questão que cada uma repetisse seu novo nome muitas vezes para que não se esquecessem. Chegando ao céu, todas assinaram o livro de presença com seu nome novo. Sentaram-se à mesa, o Criador agradeceu a todas pelos seus belos cantos e mostrou-lhes as iguarias preparadas para elas. Terminado o discurso, a tartaruga levantou e perguntou ao Criador para quem ele fizera todas aquelas delícias. Ele respondeu:
— Para todos vocês!
Nesse momento, a tartaruga lembrou as aves do seu novo nome: Todos Vocês; portanto, a mesa posta era só para ela. Que esperassem a vez delas.
Ela comeu e bebeu, enquanto as aves só olhavam. Elas ficaram muito decepcionadas com a atitude da tartaruga.
Quando chegou a hora de voltarem à Terra, cada uma delas tratou de pegar sua pena de volta e, num instante, a tartaruga ficou sem asas.
Ao entrarem para limpar o salão, os empregados encontraram a tartaruga escondida e lançaram-na para a Terra; a queda foi tão forte que o seu casco duro e brilhante quebrou-se em pedaços.
A formiga e seus filhotes acharam o casco da tartaruga todo quebrado e pensaram que o pobre animal estivesse morto. Então juntaram e emendaram o casco para construir um formigueiro.
Passados alguns dias, a tartaruga se sentiu melhor, levantou-se e saiu andando.
E foi assim que a tartaruga ganhou o casco emendado que tem até hoje.
SUNNY. Ulomma. A casa da beleza e outros contos. São Paulo: Paulinas, 2006, p. 23-28.

Exercícios:
1. Compreendendo o conto
a) Como era a vida da tartaruga no início do conto? O que mudou?
Vivia cansada e tinha muito trabalho para conseguir comida. Sua vida muda ao receber um par de asas.
b) Que estratégia a tartaruga adota para que ocorra uma mudança em sua vida?
Reclama todo o tempo da dificuldade que é sua vida. Faz-se de vítima do mundo.
c) Qual foi a “jogada” da tartaruga para, chegando à festa, ter direito a desfrutar do banquete primeiro?
Escolheu para si um nome que, provavelmente, seria a resposta que receberia para a pergunta que faria.
d) Qual o sentimento das aves em relação à tartaruga?
Decepção.
e) No trecho “Egoísta e ingrata, a tartaruga ficou matutando um modo de comer o melhor da festa”, que palavras indicam a opinião do narrador sobre a tartaruga?
Egoísta e ingrata.
f) E você, o que pensa da atitude da tartaruga?
Resposta Pessoal.
g) Considerando a atitude da tartaruga, que outras palavras a descreveriam?
Resposta pessoal
h) Releia o início do conto “Todos Vocês” e observe os verbos destacados nos primeiros parágrafo.
i) Você diria que essas ações aconteceram uma vez ou aconteciam sempre (por exemplo, aconteceu de as aves comerem fruta e de a tartaruga lamentar sua sorte só uma vez ou elas faziam isso sempre)?
Aconteciam sempre.
j) Agora destaque os verbos destacados no quarto parágrafo. Essas ações aconteciam sempre ou aconteceram só uma vez?
 Aconteceram só uma vez.
k) Qual dos dois tempos verbais descreve a situação inicial do conto, caracterizando o cenário e as personagens e dizendo como era a vida deles? Os destacados nos primeiros parágrafos  (pretérito imperfeito).
l) Qual dos dois tempos verbais indica uma ação pontual que situa o início da ação principal da história (seu problema)?
Os destacados no quarto parágrafo (pretérito perfeito).

Fonte: http://dialogoeducacional.blogspot.com.br

Leia mais: 
Atividades (Aulas): Língua Portuguesa/Currículo Mínimo 2013 Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 27 de abril de 2013

Atividade sobre tipos de narrador (personagem, observador e onisciente)



Leia os trechos a seguir, observando as características dos três tipos de narrador (personagem, observador e onisciente).

Texto 1
Abriu a janela no exato momento em que a garrafa com a mensagem passava, levada pelo vento. Pegou-a pelo gargalo e, sem tirar a rolha, examinou-a cuidadosamente. Não tinha endereço, não tinha remetente.
Certamente, pensou, não era para ele. Fonte: Colasanti (1986).

Texto 2
Quando Ana me deixou, eu fiquei muito tempo parado na sala do apartamento, cerca de oito horas da noite, com o bilhete dela nas mãos. No horário de verão, pela janela aberta da sala, à luz das oito horas da noite podiam-se ainda ver uns restos de dourado e vermelho deixados pelo sol atrás dos edifícios, nos lados de Pinheiros. Eu fiquei muito tempo parado no meio da sala do apartamento, o último bilhete de Ana nas mãos, olhando pela janela os vermelhos e os dourados do céu. E lembro que pensei agora o telefone vai tocar, e o telefone não tocou, e depois de algum tempo em que o telefone não tocou, e podia ser Lucinha da agência ou Paulo do cineclube ou Nelson de Paris ou minha mãe do Sul, [...] então pensei agora a campainha vai tocar. Podia ser o porteiro entregando alguma correspondência, a vizinha de cima à procura da gata persa que costumava fugir pela escada, ou mesmo alguma dessas criancinhas meio monstros de edifício, que adoram apertar as campainhas alheias, depois sair correndo. Ou simples engano, podia ser. Mas a campainha também não tocou, e eu continuei por muito tempo sem salvação parado ali no centro da sala que começava a ficar azulada pela noite, feito o interior de um aquário, o bilhete de Ana nas mãos, sem fazer absolutamente nada além de respirar. Fonte: Abreu (2005).

Atividades:
1. Após a leitura dos trechos citados, responda ao que se pede.

Texto 1
a. Você acha que a personagem devolveu a garrafa ao vento?
b. Invente uma continuação para a narrativa.

Texto 2
a. Imagine o que Ana teria escrito no bilhete.
b. O personagem permaneceu estático na sala, com o bilhete de Ana em suas mãos. O que você acha que aconteceu depois?
c. Procure manter o tom do texto e finalize a história.

2. Imagine o seguinte enredo:
 
Dois jovens, viciados em computador, conhecem-se numa sala de bate-papo da internet. Durante meses, eles conversam, trocam ideias, compartilham problemas e sentimentos.
Um dia, a garota recebe a seguinte mensagem:
Heloísa,
As coisas estão se tornando difíceis para mim. Não vou escrever de novo para você. Nosso relacionamento está ficando intenso demais, real demais, e acho que você não existe. Eu inventei você, nossas conversas, seu endereço. Eu me sentia só, queria ardentemente uma amiga, mas perdi o controle. Acho que estou apaixonado por você. Antes que essa loucura acabe comigo, adeus.
Abelardo
Prontamente, a garota responde:
Abelardo, tolinho
Você não pode me transformar num fantasma porque está com medo. Um poeta não dispensa sua musa por capricho. Se você não vier me encontrar, eu irei até você.
Heloísa
Fonte: Cereja e Magalhães (2000, p. 50).

Com base no enredo das personagens acima e considerando as características do gênero narrativo, crie um texto narrativo tematizando o encontro ou o desencontro entre as personagens. Construa o tempo e o espaço em que os fatos ocorrem. Não se esqueça de construir o tempo e o lugar em que os fatos ocorrem. Se quiser, introduza novas personagens. O narrador pode ser observador ou personagem. Se adotar o narrador-personagem, escolha o ponto de vista: narre sua história sob a ótica de Abelardo ou sob a de Heloísa.
Fonte:  http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/ce/aula_03.html Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

terça-feira, 23 de abril de 2013

Aula sobre Verbo - o Subjuntivo (atividades)


Leia este poema, de José Paulo Paes:

Paraíso
Se esta rua fosse minha, 
eu mandava ladrilhar, 
não para automóvel matar gente, 
mas para criança brincar. 

Se esta mata fosse minha, 
eu não deixava derrubar. 
Se cortarem todas as árvores, 
onde é que os pássaros vão morar?


Se este rio fosse meu, 
eu não deixava poluir. 
Jogue esgotos noutra parte, 
que os peixes moram aqui. 

Se este mundo fosse meu, 
eu fazia tantas mudanças
que ele seria um paraíso
de bichos, plantas e crianças.
(In: Vera Aguiar, coord. Poesia fora da estante. Porto  Alegre: Projeto, 1995. p. 113.)


1. Provavelmente, ao ler os dois primeiros versos do poema, você se lembrou de uma cantiga de  roda muito conhecida. Quando um texto se relaciona com outro, dizemos que entre eles há  intertextualidade ou uma relação intertextual.

a) Escreva em seu caderno a 1ª estrofe dessa cantiga de roda com a qual o poema de José Paulo Paes mantém uma relação intertextual.

b) Compare a 1ª estrofe do poema com a 1ª estrofe da cantiga. Qual delas: • apresenta uma preocupação mais social? • é mais sentimental?

2. As cantigas de roda são produções poéticas populares, de autores anônimos. Portanto, que variedade da língua se espera que seja empregada nesse tipo de texto?

3. Observe os verbos destacados nestes versos: “Se esta rua fosse minha, / eu mandava ladrilhar”.
a) Classifique-os quanto ao tempo e ao modo.
b) Entre esses tempos verbais não há uma correspondência rigorosa. Reescreva os versos, colocando os verbos nos tempos e modos exigidos pela norma-padrão.
c) Em que outras estrofes se verifica a mesma falta de correlação entre os tempos verbais?

4. Observe os verbos destacados nestes versos: “Se cortarem todas as árvores, / onde é que os pássaros vão morar?”.
a) A locução verbal vão morar é uma forma simples e coloquial que substitui, no texto, uma  forma verbal de acordo com a norma-padrão formal. Qual é essa outra forma? Qual o seu  tempo e modo?
b) Como se vê, o poeta preocupou-se em empregar a língua popular, coloquial. Considerando a  origem popular da cantiga de roda — texto a partir do qual o autor criou seu poema —, você acha que o tipo de língua escolhido é adequado ou inadequado? Por quê?

5. Nos contos de fada, sempre que lemos a expressão Era uma vez..., mergulhamos num mundo de  fantasia, onde tudo pode acontecer: príncipes viram sapos, bruxas malvadas se vingam de pobres  moças indefesas, etc.
Na língua, o modo subjuntivo também é porta de entrada para um mundo imaginário, o das  hipóteses e das possibilidades.
a) No poema “Paraíso”, qual é a palavra que nos faz adentrar esse mundo imaginário?
b) O poeta dá ao texto o nome Paraíso. Como é o paraíso imaginado por ele?
c) Ao conhecermos o mundo imaginário do poeta, podemos fazer uma suposição a respeito do  seu mundo real. Na sua opinião, como ele é?

# RESPOSTAS (GABARITO)

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segunda-feira, 22 de abril de 2013

Atividades sobre pronomes (exercícios) 6º ano


Leia o poema a seguir, de Carlos Queiroz Telles, e responda às questões de 1 a 3.

Recado
Vocês podem me falar.
Vocês podem me explicar.
Vocês podem me ensinar.
Vocês podem me pedir.
Vocês podem me exigir.
Vocês podem me ordenar.
Vocês podem me forçar.
Vocês podem me obrigar
a fazer o que eu não quero.
Só não venham, por favor,
me dizer o que eu quero!
(Sonhos, grilos e paixões. São Paulo: Moderna, 1990. p. 37.)


1. Todo o poema é construído a partir de uma relação de oposição entre os interlocutores, identificados por pronomes.
a) Que pronome identifica o locutário?
b) Que pronomes identificam o locutor?
c) Classifique-os.

2. O poema se intitula “Recado”.
a) Quem você acha que pode ser o locutor desse “recado”? Por quê?
b) E quem poderia ser o locutário?

3. Observe, a seguir, os dois grupos de palavras que finalizam os versos do poema na primeira  estrofe. Se necessário, consulte o dicionário para perceber a diferença de sentido entre elas.
Grupo 1      Grupo 2
falar             exigir
explicar        ordenar
ensinar          forçar
pedir             obrigar

Essas palavras representam os esforços feitos pelos outros para que o locutor faça aquilo que não  quer.
a) Leia na vertical as palavras dos dois grupos. Em seguida, compare a primeira palavra de cada  grupo com a última palavra. Nota-se que, de uma palavra para outra, vai ocorrendo uma  mudança. Esse tipo de alteração corresponde a qual das ideias abaixo? oposição gradação exclusão
b) Compare as palavras do primeiro grupo com as palavras do segundo grupo. Em qual deles se  nota maior imposição de ideias?

# RESPOSTAS (GABARITO)

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Atividades sobre Numeral (exercícios) 6º ano


Leia este poema, de Fernando Paixão, e responda às questões 1 e 2.

O ônibus

Logo na esquina
desceu o primeiro.
Seguiu o motorista
mais quatro passageiros.

Desceu o segundo
no ponto seguinte.
Levou um susto:
a rua estava diferente.

Desceu o terceiro 
na casa de Raimundo 
que carrega no nome 
tanta raiva do mundo.

O quarto desceu
em frente à estátua.
Caiu-lhe sobre a cabeça 
uma espada de prata.

Desceu o último
tranquilo na calçada, 
queria sentir o vento,
passear e mais nada.

Ficou só o motorista 
nenhum passageiro.
Agora sim – ufa! – 
podia ir ao banheiro.
(Poesia a gente inventa. São Paulo: Ática, 1996.)


1. O poema está organizado em partes, isto é, em estrofes.
a) Qual é o número de estrofes do poema?
b) Quantas pessoas havia ao todo no ônibus?
c) Conclua: qual a relação entre as estrofes do poema e as pessoas do ônibus?

2. O poema, desde o início, apresenta diversos numerais.
a) Quais os dois tipos de numerais que foram empregados?
b) Desses tipos, qual foi o mais utilizado?
c) O ônibus faz uma viagem, e os passageiros descem em pontos diferentes. Ao empregar predominantemente esse tipo de numeral, o que o autor pretende indicar, quanto à descida de cada passageiro?

Você já tomou um “vampiro enganado”? Essa é uma receita que o Menino Maluquinho inventou.  Veja

Vampiro enganado
Ingredientes
1 copo de suco de uva
1 cenoura raspada e cortada em pedaços
1 tomate maduro
1 laranja descascada e cortada em pedaços, sem semente
Modo de fazer
1 — Coloque no liquidificador a laranja e a cenoura e triture bem.
2 — Acrescente o tomate e o suco de uva.
3 — Junte dois ou três cubos de gelo e uma colher de sopa de açúcar.
4 — Desligue o aparelho e passe a bebida por um coador para retirar as fibras que tenham 
ficado. Sirva em copos altos.
(Ziraldo. O livro de receitas do Menino Maluquinho. São Paulo: Melhoramentos, 2002. p. 18.)

3. A receita é organizada em duas partes: a dos ingredientes e a do modo de fazer.
a) Que tipo de informação encontramos na primeira parte?
b) E na segunda?

4. Na primeira parte da receita, encontramos vários algarismos. Na sua opinião, por que foram  empregados algarismos em vez de numerais?

5. Num dos itens do Modo de fazer, encontramos alguns numerais.
a) Identifique-os.
b) Por que você acha que o gelo e o açúcar não foram mencionados na parte Ingredientes?

6. Compare a palavra uma de “uma colher de sopa de açúcar” à palavra um de “um coador”.
a) Qual dessas palavras é numeral? Como você sabe isso?
b) Qual dessas palavras é artigo indefinido? Por quê?
 7. As receitas em geral são textos que apresentam muitos algarismos ou numerais. Por que você acha  que isso acontece?

# RESPOSTAS (GABARITO)

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Atividades sobre artigos (exercícios) 6º ano


Leia o poema com atenção, observando o efeito da presença ou da ausência de artigos, e responda às questões de 1 a 4.
Cidadezinha qualquer

Casas entre bananeiras
mulheres entre laranjeiras
pomar amor cantar.
Um homem vai devagar.
Um cachorro vai devagar.
Um burro vai devagar.
Devagar… as janelas olham.
Eta vida besta, meu Deus.
(Carlos Drummond de Andrade. Reunião. 10. ed.  Rio de Janeiro: José Olympio, 1980. p. 17.)


1. O poema está organizado em três estrofes. Observe o emprego dos artigos em cada uma delas.
a) Na primeira estrofe não foram empregados artigos. Você acha que, como consequência, os substantivos dessa estrofe são particularizados ou generalizados?
b) Que tipo de artigo foi empregado na segunda estrofe? O que ocorreu com os substantivos que  estão acompanhados por esse tipo de artigo?

2. Nessa “cidadezinha qualquer” do interior, tudo é muito parado e parece não haver muita coisa para  fazer. Na última estrofe, o eu lírico diz: “as janelas olham”.
a) Naturalmente, as janelas não têm a capacidade de olhar. Na sua opinião, quem estaria olhando  o movimento da cidade?
b) De acordo com essa estrofe, o que parece ser uma das principais distrações das pessoas da cidade?
c) Que tipo de artigo o autor empregou para acompanhar o substantivo janelas?
d) Por que o poeta teria empregado esse tipo de artigo apenas para acompanhar a palavra janelas?

3. Nesse poema, o emprego dos artigos sugere uma forma especial de olhar a cidade. A sequência  em que os artigos aparecem no texto sugere uma gradação, que pode ser esquematizada assim: falta de artigo ➝ artigos indefinidos ➝ artigo definido
Essa gradação vai do particular para o geral, ou do geral para o particular?

4. O poema se chama “Cidadezinha qualquer”. Vamos suprimir a palavra qualquer e acrescentar  artigos. Veja:
a cidadezinha (artigo definido)
uma cidadezinha (artigo indefinido)
Em qual dessas construções o sentido se aproxima mais do título?

5. Às vezes, em certas situações, o artigo definido pode adquirir um sentido diferente do usual.  Tente descobrir o sentido dele nestas frases:
a) Este não é só um sanduíche: é o sanduíche!
b) Custa um real a dúzia da banana.

6. Há situações em que os artigos podem dar uma noção de quantidade aos substantivos.
Compare estas duas frases:
Vou comprar a bicicleta do meu primo.
Vou comprar uma bicicleta do meu primo.

# RESPOSTAS (GABARITO)

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domingo, 21 de abril de 2013

Comunicação e linguagem (símbolos)



Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 5.
1. O texto está organizado  em sete cenas. Nas primeiras cenas, um homem  chega de trem a uma cidade. Observe como ele está  vestido e o que carrega.  Responda:
a) Ele mora nessa cidade?  Quem é ele?
b) A que região do mundo  ele provavelmente chegou? Como sabemos  disso?

2. Na 2ª cena, um velhinho  faz um gesto ao turista e, ao  mesmo tempo, lhe diz alguma coisa na língua daquele país. Observe as cenas  seguintes e responda: Como  o estrangeiro entendeu as  palavras das pessoas com  quem teve contato? Por  quê? Justifique sua resposta.

3. Observe a última cena.  Nela, o recepcionista fala a  mesma coisa que as outras  pessoas falaram. Porém ele  está numa situação diferente  das outras. O que você acha  que ele está dizendo? Por quê?

4. Observe a expressão do rosto do estrangeiro.
a) O que ela expressa? Expressa surpresa, espanto, desapontamento.
b) Por que ele reage desse modo? Porque percebe que foi enganado, que fez papel de bobo, etc.

5. Como se constrói o humor do cartum? O humor do cartum está no fato de as pessoas terem brincado com o estrangeiro, pelo fato de ele não dominar  o código verbal utilizado no lugar.

6. Cada povo e cada cultura possuem seus próprios símbolos. Símbolo é um sinal que representa  ou substitui alguma coisa: um país, um clube de futebol, uma entidade religiosa, um povo, etc.  Não, ele é uma pessoa  de fora. Talvez esteja ali  a turismo ou a negócios. Ele chegou a um país árabe. Sabemos  disso pelo modo como homens e  mulheres se vestem, pelos utensílios à  venda na loja e pelos edifícios do lugar. Ele provavelmente está xingando, pois ocorreu algum acidente com o quadro da parede. Ele deve ter entendido como um cumprimento, pois todos se  mostram educados e amigáveis.
Assim como as palavras, os símbolos também dependem de uma convenção, isto é, eles necessitam ser codificados para que todos o reconheçam.
a) Que símbolo representa o cristianismo? A cruz.
b) Cite um símbolo que representa o Brasil.

7. Observe a figura ao lado. Troque ideias com os colegas e com o professor: O que ela representa? A paz.

# RESPOSTAS (GABARITO)

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sábado, 20 de abril de 2013

Atividades sobre Variedades Linguísticas (Variação linguística)




Leia este poema, de Elias José:

À moda caipira
Para a Sonia Junqueira, pela parceria e amizade.
U musquitu ca mutuca

num cumbina.

U musquitu pula
i a mutuca impina.

U patu ca pata
num afina.
U patu comi grama
i a pata qué coisa fina.

U gatu cum u ratu
vivi numa eterna luita.
U ratu vai cumê queiju,
vem um gatu i insurta.

U galu ca galinha
num pareci casadu.
A galinha vai atrais deli
i u galu sarta di ladu.

U pavão ca pavoa
mais pareci muléqui.
A pavoa passa réiva
e eli só abri u léqui.

U macacu ca macaca
num pareci qui si ama:
ela pedi um abraçu,
ele dá uma banana…

Eu mais ocê cumbina
qui dá gostu di vê:
eu iscrevu essas poesia
i ocê cuida di lê…
(Cantos de encantamento. Belo Horizonte: Formato, 1996. p. 22.)

Exercícios:

1. Ao escrever esse poema, o autor não obedeceu às regras ortográficas da língua portuguesa.
a) Leia o nome do poema e tire uma conclusão: Por que, na sua opinião, o autor escreveu o texto desse modo?
b) Qual é o dialeto que o autor usou para escrever o poema?

2. Compare as palavras abaixo. As da coluna da esquerda estão escritas de acordo com as regras ortográficas, e as da coluna da direita estão escritas conforme aparecem no poema.
mosquito - musquitu
pato - patu
rato - ratu
a) Quais dessas palavras lembram mais o nosso jeito de falar?
b) Conclua: Nosso jeito de falar sempre corresponde ao modo como as palavras são escritas?

3. Compare em cada par de palavras abaixo as da esquerda com as da direita e tire conclusões sobre  as diferenças entre oralidade e escrita.
mosquito — musquitu parece — pareci insulta — insurta
combina — cumbina come — comi salta — sarta
comer — cumê dele — deli
a) O que acontece com a vogal o de sílabas átonas (fracas), como em mosquito, quando a palavra é falada?
b) O que acontece com a vogal e da sílaba final das palavras, como em parece, quando ela é  falada?
c) O que acontece com a letra l anterior à última sílaba, como em insulta, quando ela é falada?
d) Dessas mudanças, quais são as típicas do dialeto caipira?
e) Por que existem essas diferenças entre oralidade e escrita, na sua opinião?

4. Observe este trecho do poema:
“eu iscrevu essas poesia”
a) Além da grafia da palavra iscrevu, esse trecho apresenta outra variação em relação à
norma-padrão. Qual é ela?
b) Apesar dessa variação, podemos entender que o trecho se refere a uma única poesia ou a mais
de uma? Como é possível saber isso?

5. Na última estrofe do poema, o eu lírico se dirige a outra pessoa e compara seu relacionamento  com ela ao relacionamento de vários animais.
a) Quem é essa pessoa?
b) O que o eu lírico pretende provar com essas comparações?

6. No poema de Elias José, você viu de que modo um caipira faria uma declaração de amor usando seu  dialeto. As gírias relacionadas a seguir pertencem a todas as “tribos”, isto é, a todos os grupos sociais  de hoje. Coloque-se no papel de um skatista, de um surfista, de um metaleiro, etc. e escreva uma  pequena declaração de amor à pessoa amada, utilizando algumas dessas gírias. Se quiser, acrescente  outras. Quando terminar, leia a declaração para a classe e divirta-se com a dos colegas. animal: pessoa muito legal ou agressiva.
avião: mulher bonita.
comer pelas beiradas: chegar de mansinho.
crescer o olho: cobiçar alguma coisa.
dar um gás: fazer alguma coisa rapidamente.
dar um rolê: dar uma volta, passear.
do bem: alguém que é confiável.
ficar: namorar sem compromisso.
firmeza: pessoa legal.
jaburu: mulher feia.
maneiro: algo bem interessante.
mina: menina, garota.
tigrão: garoto bonito, esperto.

# RESPOSTAS (GABARITO) 

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sexta-feira, 19 de abril de 2013

Atividade sobre Substantivos I (6º ano)


Leia este poema, de Ronaldo Azeredo:

ruaruaruasol
ruaruasolrua
ruasolruarua
ruaruaruas

Exercícios:
1. Quais são os substantivos que participam da construção do texto?

2. Observe a posição da palavra sol em cada uma das linhas do poema.
a) O que ocorre com a palavra sol da primeira à última linha?
b) Relacione com as fases do dia as alterações espaciais sofridas pela palavra sol. O que sugere o  desaparecimento dessa palavra no último verso?

3. Crie você também um pequeno texto visual, jogando com dois substantivos: céu e lua. Uma possibilidade é sugerir o movimento da lua durante a noite. Se preferir, escolha outros substantivos  e outra disposição visual.

# RESPOSTAS (GABARITO)

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quinta-feira, 18 de abril de 2013

Atividades sobre adjetivo (6º ano)



Atividade sobre a classe gramatical adjetivo; com exercícios elaborados a partir de textos.

Observe a construção do texto a seguir, do poeta Pedro Xisto:

cheio
vazio
cheio
               cheio
               vazio
               cheio
                             cheio

                             cheio
(In: Bruno Bertrandis de Carvalho. As águas glaucas. São Paulo: Bertrandis & Vertecchia, 2006.)

1. A que classe gramatical pertencem as palavras que constroem o texto?

2. O texto pode ser organizado em três partes, ou em três momentos.
a) Que palavra falta na última parte do texto?
b) Como essa palavra é sugerida no texto?

3. As palavras cheio e vazio devem se referir a algum substantivo, não expresso no texto. Qual será ele? Dê uma sugestão.

4. Como o poeta Pedro Xisto, crie um pequeno texto, brincando com dois outros pares de adjetivos ou de substantivos. Sugerimos os pares preto/branco ou noite/dia, mas você pode escolher outros. Se quiser, escreva o texto com lápis de cor.

5. Marido e mulher estão conversando. De repente, o marido diz uma destas frases:
Sua ideia de viajar me é simpática.
Sua ideia de viajar não me é simpática.
Sua ideia de viajar me é antipática.
a) Qual dessas frases daria a entender que o marido é totalmente favorável à ideia de viajar?
b) E qual delas dá a entender que é totalmente desfavorável?
c) Que diferenças de sentido existem entre a segunda e a terceira frases?

6. Observe o emprego do adjetivo destacado nestas duas frases:
Aquela moça é muito bonita.
Nossa! Como você está bonita!
Qual a diferença entre ser bonita e estar bonita?

11. Leia o texto a seguir, observando como seu autor, o cronista Mário Prata, brinca com os adjetivos  grande e pequeno:
Foi numa grande festa na pequena cidade que o fato se deu.
O grande homem, olhando para a pequena mulher, pensou: 
— que pequena. 
A pequena mulher, sentindo os grandes fluidos em sua cabeça, pensou: 
— Grande. 
Pequenas piscadas, grandes sorrisos, uma só cumplicidade. 
E foi assim que eles foram.
Ele pegou nas pequenas mãos da mulher com sua grande mão. 
Com os seus grandes olhos, procurou os pequenos dela, grande ternura,  pequena timidez.
(O Estado de S. Paulo, 30/8/1995.)

Substitua as palavras grande e pequeno por palavras ou expressões de sentido equivalente ao
que têm em cada uma das situações nas quais foram empregadas.

Fonte: CEREJA e MAGALHÃES. Português e Linguagem


Leia também:

quarta-feira, 17 de abril de 2013

Flexão dos substantivos e adjetivos (atividades) 6º ano



Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 6:

Orion
A primeira namorada, tão alta
que o beijo não alcançava, 
o pescoço não alcançava, 
nem mesmo a voz a alcançava.
Eram quilômetros de silêncio.
Luzia na janela do sobradão.
(Carlos Drummond de Andrade. Poesia completa 

1. O eu lírico do texto, isto é, a pessoa que fala no poema, caracteriza a primeira namorada com um adjetivo.
a) Qual é esse adjetivo?

b) Como se classifica o grau desse adjetivo?

2. A primeira namorada é vista no poema como um ser intocável, impossível de alcançar. O eu lírico tenta chegar até ela de várias formas, com o corpo e até com o som, mas tudo é inútil.
a) Que expressões demonstram a tentativa de atingir a mulher amada com o corpo?
b) Que expressão demonstra a tentativa de atingi-la pelo som?
c) Que verso resume o distanciamento do eu lírico em relação à mulher amada?

3. O último verso do poema menciona o substantivo sobradão.
a) Em que grau está esse substantivo?
b) Esse grau de sobrado aumenta ou diminui ainda mais a distância entre o eu lírico e a mulher  amada? Por quê?

4. Orion é o nome de uma constelação. Duas das características das estrelas são a distância e a  frieza (têm brilho próprio, mas emitem luz sem calor).
a) Na verdade, a quem se refere a palavra Orion, que dá título ao poema?
b) Que semelhanças há entre a atitude dessa pessoa e as estrelas em geral?

5. Agora olhe o poema (não leia) como se fosse um desenho ou uma pintura: ele se compõe de seis versos quase do mesmo tamanho e do título, no topo.
a) Que parte do poema pode representar o sobradão?
b) Que parte do poema pode representar a mulher amada?
c) Que parte pode representar o eu lírico?

6. Com base em todas as suas repostas anteriores, conclua:
a) Qual o sentido da palavra alta no poema?
b) De que forma, nesse poema, o adjetivo e o grau do substantivo contribuem para construir a ideia  central do poema, que é o distanciamento amoroso entre o eu lírico e a mulher amada?

# RESPOSTAS (GABARITO)

Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães


Leia também:
Exercício sobre flexão dos adjetivos
Exercícios sobre adjetivos
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terça-feira, 16 de abril de 2013

Verbos - semântica e discurso (atividades)



Leia os textos a seguir e responda às questões de 1 a 3.


1. O texto da esquerda é um anúncio que foi publicado numa revista do jornal Folha de S. Paulo. O texto da direita é um folheto que foi distribuído em aeroportos em época de carnaval.
a) Qual é a finalidade do anúncio?>
b) Qual é a finalidade do folheto?
c) Levante hipóteses: Que relação o folheto pode ter com o carnaval?

2. Observe agora os modos e tempos verbais empregados nos dois textos.
a) Que tempos e modo foram utilizados no anúncio publicitário? Justifique sua resposta com exemplos.
b) No folheto, que modo foi utilizado? Justifique sua resposta com exemplos.

3. Considerando que a escolha de tempo e modo verbal não se dá por acaso, mas está vinculada ao sentido que se pretende dar aos textos, explique:
a) Por que, no anúncio publicitário, foram empregados os tempos e o modo que você identificou na questão anterior?
b) Por que, no folheto, predomina o modo que você identificou na questão anterior?

4. Leia esta anedota:

A professora mandou Paulinho escrever 50 vezes a palavra coube, pois o garoto insistia em dizer cabeu. Ele entrega a folha completamente preenchida com coube. Mas a professora diz:
— Paulinho, aqui só tem 48 vezes!
— Ah, professora, num cabeu 50 na folha...

a) A finalidade da anedota é divertir. Contudo, ela acaba fazendo uma crítica ao método usado pela professora. Qual é essa crítica?
b) A fala de Paulinho mostra que ele não compreendeu como conjugar o verbo caber na norma-padrão. Como ficaria a resposta de Paulinho se ele falasse de acordo com essa norma?
c) A forma cabeu não está de acordo com a norma-padrão. Apesar disso, o uso que Paulinho fez do verbo caber tem certa lógica. Pense em outros verbos da língua e explique qual é essa lógica.

5. Na linguagem cotidiana, é comum ouvirmos expressões como mandar dizer, mandar pegar, mandar trazer, etc. Alguns consideram esse tipo de construção deselegante, pois o verbo mandar dá à frase um sentido autoritário.
Que outra redação você daria às frases a seguir, a fim de torná-las menos autoritárias?
a) Mandei minha mãe fazer arroz-doce para mim hoje. Professor: As respostas são pessoais. Apresentamos algumas opções a título de sugestão.
b) Eu já não mandei você refazer o exercício?
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Verbo - construindo o conceito (atividades)


Leia este cartum, de Mordillo:

1. O cartum apresenta cinco cenas. Na primeira, aparece uma mulher com uma máquina fotográfica.
a) Em que lugar a mulher está? O que ela está fazendo?
b) Levante hipóteses: Por que a mulher está fotografando?
2. Observe as ações que ocorrem nas três cenas seguintes.
a) O que ocorre na segunda cena?
b) Qual é a reação da mulher na terceira cena?
c) E na quarta cena?
3. Observe a cena final do cartum.
a) Qual é a surpresa dessa cena, responsável pelo humor do cartum?
b) Pela cena final, que característica do leão sobressai: a ferocidade ou a vaidade?


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segunda-feira, 15 de abril de 2013

Exercícios sobre Verbo e Flexão dos Verbos (atividades)



Leia a tira a seguir, de Fernando Gonsales, e responda às questões de 1 a 3.
1. O rato está vendo televisão. A que tipo de programa ele assiste?
2. Na fala do locutor do programa, há vários verbos. Identifique-os e explique a relação que há entre eles e o tipo de programa apresentado.
3. Explique o comentário do rato no 3º quadrinho.

Quanto em altura os bichos podem saltar?
O canguru é o campeão: seu salto alcança 3,5 metros de altura. A pulga pode saltar a uma altura de 25 centímetros, mas ela só tem 2 milímetros. Comparando, um canguru precisaria dar um salto que atingisse a altura de um arranha-céu para se igualar à pulga.
Fonte: Marcelo Duarte. Guia dos curiosos. Site: http://guiadoscuriosos.ig.com.br

4. Leia este poema de Elias José:
Trapezista
É uma palavra que se atira no ar,
com o seu corpo de fera ágil,
buscando o diálogo com o outro
num misto de raio, dança e riscos.
Conjuga pernas e pés, braços e mãos,
troncos e quadris e nervos
com harmonia e perfeição.

É uma palavra que sabe o espaço
e doma o tempo, o medo e o jogo
e bebe a glória, os aplausos e a festa.

A palavra TRAPEZISTA vibra nos sonhos
do menino que quer voar um dia...
(Pequeno dicionário poético-humorístico ilustrado. São Paulo: Paulinas, 2006. p. 90.)

a) Passe um traço embaixo dos verbos que indicam as ações relacionadas à palavra trapezista.
b) No verso "[trapezista] É uma palavra que se atira no ar", o que o verbo ser indica?
• estado       • mudança de estado      • ação

5. Agora compare o poema de Elias José à tira de Fernando Gonsales.
a) O que os dois textos têm em comum, quanto ao assunto?
b) No poema de Elias José, a palavra trapezista tem semelhança com a pessoa do trapezista? Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

domingo, 14 de abril de 2013

Interpretação de texto Contra o Cigarro




Leia o texto abaixo e responda às questões de 1 a 4:
Texto 1
O tabaco consome dinheiro público.

Bilhões de reais saem do bolso do contribuinte para tratar a dependência do  tabaco e as graves doenças que ela causa. A dependência do tabaco também aumenta  as desigualdades sociais porque muitos trabalhadores fumantes, além de perderem a  saúde, gastam com cigarros o que poderia ser usado em alimentação e educação. Em  muitos casos, com o dinheiro de um maço de cigarros pode-se comprar, por exemplo,  um litro de leite e sete pães.

Para romper com esse perverso círculo de pobreza, países no mundo inteiro  estão se unindo através da Convenção-Quadro de Controle do Tabaco para conter a  expansão do tabagismo e os graves danos que causa, sobretudo nos países em  desenvolvimento. Incluir o Brasil nesse grupo interessa a todos os brasileiros.

É um passo importante para criar uma sociedade mais justa.
(Propaganda do Ministério da Saúde. Brasil um país de todos. Governo Federal, 2004.)

Questões:
01. A partir da leitura do texto, é INCORRETO dizer que:
a) O consumidor às vezes deixa de comprar alimentos para comprar cigarros.
b) O tabagismo é responsável por um círculo de pobreza, especialmente em países em  desenvolvimento.
c) A criação de uma sociedade mais justa depende também do combate ao tabagismo.
d) Todos os países estão unidos na Convenção-Quadro de Controle do Tabaco.

02. O gênero discursivo publicitário procura seduzir e/ou persuadir o leitor a comprar um  determinado produto; já o gênero propaganda procura incitar o leitor a aceitar uma  determinada idéia. Levando em conta o texto, NÃO se pode dizer que:
a) O povo brasileiro precisa, cada vez mais, comprar tabaco para se tornar um país em  desenvolvimento.
b) A dependência do tabaco traz prejuízos sociais para o país.
c) O dinheiro gasto com o tabaco poderia ser melhor utilizado se empregado na  alimentação e educação.
d) A expansão da indústria do tabaco causa danos à saúde física e material da sociedade.

03. Segundo o texto, pode-se dizer que a atividade de dependência e consumo do tabaco  é:
a) Lucrativa para o país, pois não causa doenças.
b) Higiênica, pois não faz mal à saúde dos que o manuseiam.
c) Saudável, pois não prejudica a saúde de quem o consome.
d) Negativa para o país, pois denuncia o círculo de pobreza existente.

04. “A dependência do tabaco também aumenta as desigualdades sociais porque muitos  trabalhadores fumantes, além de perderem a saúde, gastam com cigarros o que  poderia ser usado em alimentação e educação.”
Os tempos verbais assumem vários valores semânticos. Na passagem acima, a forma  verbal “poderia” exprime:
a) Ação costumeira e habitual.
b) Ação relativa ao passado.
c) Ação de suposição.
d) Ação definitiva.

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Atividades sobre Aposto e Vocativo a partir de um poema de Paulo Leminski



Leia o texto a seguir, do poeta Paulo Leminski, e responda às questões de 1 a 5.

minha mãe dizia 
— ferve, água! 
— frita, ovo!
— pinga, pia!
e tudo obedecia
 (Poesia fora da estante. In: Vera Aguiar, coord. Porto Alegre: Projeto, 1995. p.104.)

1. O poema retrata algumas experiências de um garoto durante a infância. Essas experiências são
descritas por um eu lírico adulto ou criança? Justifique sua resposta com base nos tempos verbais
do 1º e 4º versos. Por um eu lírico adulto, pois os verbos estão no pretérito imperfeito e sua visão dos fatos é distanciada.

2. O poema está organizado em três estrofes: a 1ª e a última apresentam um único verso, e a 2ª é
formada por três versos introduzidos por travessão — sinal de que alguém está falando.
a) Quem é o locutor dessas falas? Justifique sua resposta com um verso do poema.
b) A que ou a quem esse locutor se dirige quando fala? À água, ao ovo e à pia.
c) Qual é a função sintática dos termos que o locutor evoca? São vocativos.
d) As ações expressas pelos verbos ferver, fritar e pingar estão relacionadas a que tipo de atividade diária do locutor? Estão relacionadas às atividades cotidianas de uma dona de casa.

3. Os elementos evocados pelo locutor na 2ª estrofe são retomados e resumidos por uma única palavra.
a) Qual é essa palavra? tudo
b) A que classe gramatical ela pertence e qual é a sua função sintática?
c) Com que termo sintático a forma verbal obedecia concorda? Concorda com o aposto tudo.

4. Em suas recordações, o eu lírico revela ter uma visão especial sobre a mãe. Ele a vê como alguém
com poderes especiais, capaz de fazer o mundo à sua volta se mover de acordo com sua vontade.
a) Que modo verbal a mãe utiliza para expressar a sua vontade? O modo imperativo.
b) Para demonstrar o poder da mãe, o poeta emprega a personificação ou prosopopeia, uma figura de linguagem que consiste em atribuir vida ou qualidades humanas a seres inanimados ou não humanos. Identifique o verso em que tal recurso foi utilizado. e tudo obedecia

5. Indique qual ou quais dos seguintes itens traduzem melhor os significados dos “poderes” da mãe,
na visão do eu lírico.
a) Retratando uma fase de sua infância, o eu lírico demonstra o autoritarismo da mãe, que submetia tudo à sua vontade.
b) O eu lírico retrata esse período de sua infância com uma visão própria da criança, que vê nos
pais qualidades ou capacidades que ela ainda não é capaz de compreender plenamente.
c) O poema pode ser sintetizado numa única frase: “minha mãe dizia [...] e tudo obedecia”. Os
“poderes” da mãe, de acordo com a visão expressa no texto, são exercidos no momento em ela usa a palavra como meio de "encantar" e transformar o mundo à sua volta.

# RESPOSTAS (GABARITO)

Fonte: Português: Linguagens — William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães

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sexta-feira, 12 de abril de 2013

Aula sobre Texto Crítico


Vejamos algumas técnicas utilizadas por um resenhista:
1. Ressaltar o estilo do artista.
2. Situar a obra no seu tempo.
3. Registrar a importância de tal obra, demonstrando suas características principais.
4. Descrever a obra, fornecendo uma informação precisa e, ao mesmo tempo, evidenciar sua opinião, de modo a atrair a atenção do leitor.

Tendo em mente essas características, sigamos adiante, na análise de mais duas resenhas. Primeiramente você leu uma resenha sobre um filme. Agora você vai ler sobre um livro e, em seguida, sobre uma pintura.

Atividade
 
Leia a resenha disponibilizada a seguir, publicada na revista Bravo! (09/2008), sobre o livro Orgulho e preconceito, da escritora Jane Austen. Retire do texto as seguintes informações:

Tema:
Por que ler:
Curiosidade:
Trecho do livro:

RESENHA:
Orgulho e preconceito

 A inglesa Jane Austen (1775-1817) nasceu na cidade de Hampshire. Além desta obra, outras tiveram adaptações para o cinema e a tevê, como Persuasão, Emma, Razão e Sensibilidade, A Abadia de Northanger.
No interior da Inglaterra do século 19, cinco irmãs solteiras frustram a mãe, que gostaria de vê-las casadas e com o futuro bem definido. A chegada de um jovem solteiro e rico (Bingley) aonde moram causa alvoroço. Um amigo dele (Darcy) também causará impacto.
A aparente singeleza do enredo incorpora elementos que retratam um período decisivo na Europa pós-Revolução Francesa: o da ascensão da burguesia e conseqüente mobilidade social. A edição é bilíngüe.
É importante prestar atenção na criação primorosa de tipos e na ironia sobre a preocupação da mulher com o casamento. E nas sugestões sutis de independência feminina – tema do qual a autora se tornaria uma referência.

Vejamos uma passagem do livro: “Ela parou e viu com não menor indignação que ele a escutava com um ar que comprovava que estava completamente imune a qualquer sentimento de remorso” (pag. 203).

Fonte: Revista Bravo, ano 11, n. 133, set. 2008.

Reflexão:

Após a leitura desta resenha e da realização da atividade, qual a sua impressão a respeito da obra de Jane Austen? O texto lhe despertou curiosidade sobre a obra? De fato, trata-se de um livro que traz importantes temas tais como:
a) a maneira como a sociedade interpretava o casamento naquela época na Inglaterra
b) a forma como o tema do ‘amor’ era tratado
c) o tema psicológico presente desde o título: “Razão e sensibilidade”, revelando o dualismo que carregamos dentro de nós, entre ‘razão’ e ‘intuição’.

Fonte: http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/ce/aula_06.html Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quinta-feira, 11 de abril de 2013

Atividade sobre Texto Crítico (2)


Observe um estilo textual - a arte é apresentada através da pintura, uma forma de despertar a emoção do público. Observe atentamente os gestos, as cores, os contrastes entre claro e escuro, as expressões nos rostos. Esse quadro parece pertencer tanto ao passado como ao presente, pois representa uma situação recorrente na história da humanidade. Leia a resenha abaixo e comente os detalhes ressaltados nas questões propostas.
Fonte: <http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/thumb/6/6e/Francisco_de_Goya_y_Lucientes_023.jpg/774px-Francisco_de_Goya_y_Lucientes_023.jpg>. Acesso em: 25 fev. 2010.


RESENHA:

Os fuzilamentos de 3 de maio de 1808

Este espantoso quadro de Goya é uma das imagens mais memoráveis da desumanidade do homem para com o homem. Os exércitos de Napoleão ocuparam a Espanha, mas no dia 2 de maio de 1808 os cidadãos de Madri levantaram-se contra os franceses. No dia seguinte, o exército francês revidou com uma terrível vingança, executando centenas de rebeldes e muitas outras pessoas que eram apenas observadores inocentes. Goya só conseguiu registrar esses fatos alguns anos depois, quando o rei Fernando VII foi reconduzido ao trono espanhol. O quadro transcende seu contexto histórico específico e demonstra duas características principais da arte de Goya: suas imagens marcantes e diretas, e sua moralidade que questiona, mas, em última análise, é distanciada.
Fonte: Cumming (1996).

Exercícios:
1. Por que esse quadro transcende seu tempo?
2. Dentre as imagens marcantes, escreva comentários sobre as imagens que selecionamos abaixo. O que elas representam no seu entendimento?
3. A posição da vítima que imita a crucifixão de Cristo.
4. O brilho da camisa branca desse homem que se encontra no centro do quadro.
5. O uniforme e os chapéus dos soldados.
6. Através dessa pintura, Goya mostra a dor nos olhos dos personagens vitimados pela guerra. Como você relacionaria o tema desse quadro de 1808 com o nosso tempo atual?

Fonte: http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/ce/aula_06.html Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quarta-feira, 10 de abril de 2013

Atividades sobre Texto Crítico (1)



Atividade 1
 
Leia a resenha sobre o filme Despertando para a vida. Observe como a descrição do filme é feita pelo crítico. Veja se são abordados os aspectos mais significativos do filme. Em seguida, responda às questões.

A terra dos sonhos

Despertando para a vida, cujo título original é Waking Life, é um filme escrito e dirigido por Richard Linklater. O filme americano, cuja duração é de 96 minutos, foi lançado em 2001 e se sustenta como um dos filmes mais aclamados do ano. O filme mostra um rapaz que vive diversas situações e cuja experiência se divide entre o sonho e o real. No decorrer do filme, percebe-se que o personagem não sabe ao certo se sonha ou se está acordado. O filme tem início com sua chegada a uma cidade. O jovem pega carona com um desconhecido, sem saber qual será o seu caminho final (no decorrer do filme veremos que o destino do rapaz é sonhar). Ao questionar sobre para qual direção ele está sendo conduzido, o motorista desconhecido lhe responde: “viver é como seguir o movimento do rio; a única coisa que temos que fazer é seguir sua direção.” De fato, o filme tende a despertar o público para questões existenciais, para diferentes facetas do existencialismo. O filme é composto por situações nas quais diferentes personagens entretêm o rapaz, envolvendo-o em longas conversas, ou melhor, monólogos. Essa obra de Linklater traz diversos temas como a arte, a filosofia, a ciência, a sociedade e diversos outros temas da sociedade contemporânea. Trata-se de um filme para refletir, para despertar nossa consciência a respeito do sentido da vida. Junto com o rapaz do filme, o estudante que vaga pelas ruas, pelos corredores, vivendo entre o sonho e a realidade, nós seguimos adiante em busca por respostas, embora estas não possam ser respondidas. Trata-se de um filme que põe o telespectador diante do impasse entre o real e o sonho.   

Despertando para a vida é um filme feito em animação. Tal estratégia ressalta ainda mais o mundo onírico do sonho. É como se os personagens estivessem presos num espaço pintado em aquarela, cujas imagens são filmadas sobrepostas. O filme mostra um rapaz que vive preso no mundo dos sonhos. Mas qual é o real afinal? Será que a vida não passa de um sonho, ou será que sonhamos que vivemos quando na verdade somos o personagem de um sonho?

Rosanne B. Araújo

Exercícios:
Com base na sua leitura do texto, responda às questões propostas a seguir:

1. As informações a respeito do filme satisfazem sua curiosidade enquanto leitor?
2. Que gênero de filme é descrito na resenha? Suspense? Romance? Ficção científica? Arte? Drama? Justifique sua resposta.
3. Há informações técnicas a respeito do filme, como ano de lançamento, nome do diretor, personagens, nacionalidade do filme etc.?
4. A resenha crítica motiva você a assistir ao filme? Por quê?
5. O crítico dessa resenha conseguiu atrair a sua atenção enquanto leitor? Por quê?
6. Você se identifica com o enredo do filme?
7. Você acha que o título da resenha foi bem escolhido pelo autor? Caso não, sugira um outro título para o texto.

Fonte: http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/ce/aula_06.html Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

terça-feira, 9 de abril de 2013

Atividade sobre Texto Argumentativo


Antes da leitura dos textos a seguir, responda aos questionamentos abaixo para que você reflita melhor sobre suas ideias e opiniões a respeito do questionamento abordado.

Atividade 1
1. Você acha que a televisão prejudica a maturidade intelectual do jovem?
2. O computador e a TV afastam os jovens do estudo?
3. Quantas horas você usa o computador por semana?
4. Quais os seus programas de TV preferidos?
5. Que tempo você dedica à leitura?


Leitura do texto I
Primeiramente, vamos ler as colocações do professor Waldemar Setzer. Clique no link a seguir para ler o texto, disponível no anexo da aula.

http://www.ime.usp.br/~vwsetzer/TVeViolencia.html
Como você pôde perceber, esse texto se posiciona contra a tecnologia.

Atividade 2
 
O que você achou do texto? Na sua opinião, há coerência ou um certo exagero no argumento do autor?

Agora que você leu o texto e refletiu um pouco sobre as ideias do autor, escreva comentários sobre as frases a seguir, colocando suas impressões a respeito do assunto.
 
1. A TV deseduca o sentido da visão.

2. A TV amolece o corpo do telespectador. A imobilidade física leva o indivíduo a não sentir, não pensar e não agir.

3. Diante da leitura, o indivíduo sente-se forçado a prestar atenção. O pensamento e a imaginação são ativados.
 
4. Aí sim, temos o real efeito da TV: não é o de informar ou de educar, e sim de condicionar.

5. A TV é semelhante a uma droga que causa dependência.

6. A TV estimula a violência.

Fonte: http://www.metropoledigital.ufrn.br

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segunda-feira, 8 de abril de 2013

Aula sobre o Gênero Textual Notícia (atividades)


Observe diferentes matérias jornalísticas que você tem disponível em casa e veja o teor de cada uma delas. O que mais lhe chama a atenção numa matéria de jornal/revista?
 
Responda às perguntas abaixo:
 
1. Quais jornais você costuma ler e assistir? Com qual frequência? O que mais lhe chama a atenção nas matérias?

2. O que você faz para se manter informado diariamente? Onde você procura a informação?
( ) Internet.
( ) Revistas.
( ) Jornais.
( ) TV. 3.

Qual a sua visão da informação no mundo de hoje?

A linguagem jornalística
A linguagem jornalística adota o padrão culto da língua, sem, contudo, perder de vista o universo vocabular do leitor. Exige o emprego do mínimo de palavras e o máximo de informação, correção, clareza e exatidão.

Para uma boa redação de textos jornalísticos, observe os procedimentos expostos a seguir:
Construa períodos curtos, com no máximo duas ou três linhas, evitando frases intercaladas ou ordem inversa desnecessária.
Adote como norma a ordem direta, elaborando frase com a seguinte estrutura: sujeito, verbo e complemento.
Empregue o vocabulário usual. Adote esta regra prática: nunca escreva o que você não diria. Termos técnicos ou difíceis devem ser evitados; se tiver que escrevê-los, coloque entre parênteses o seu significado. Os termos coloquiais ou de gírias devem ser usados com parcimônia, apenas em casos especiais.
Nunca use duas palavras se puder usar uma só.
Evite os superlativos e adjetivos desnecessários.
Empregue verbos de ação e prefira a voz ativa, que dinamizam mais a frase e estimulam o leitor.
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domingo, 7 de abril de 2013

Aula sobre Funções da Linguagem (atividades)


Como ocorre a comunicação?
Utilizamos a língua como um dos códigos possíveis para estabelecer a comunicação. Ao se comunicar, você faz uso não apenas da língua, mas também de outras formas de se comunicar, por exemplo, os gestos, os olhares, os símbolos que você frequentemente utiliza em seu meio social para se expressar e emitir assim sua mensagem.
Para que a comunicação se estabeleça, é imprescindível a presença dos elementos de comunicação, que tornam possível a compreensão da mensagem.

Vamos conhecer quais são esses elementos?
Emissor: é aquele que envia a mensagem, o remetente, o falante.
Receptor: é aquele que recebe a mensagem, o destinatário, o ouvinte.
Mensagem: é o que se fala, o conteúdo transmitido.
Código: é o meio pelo qual se passa a mensagem: gestos, figuras, fala, escrita.
Canal: é o meio pelo qual a mensagem circula.
Contexto: é o meio no qual o receptor e emissor estão inseridos: situação, lugar.

 Atividade 1
 Vamos ver se você compreendeu realmente os elementos que envolvem a comunicação? Veja a figura abaixo, analise-a e identifique na mensagem os elementos da comunicação:

EMISSOR:
RECEPTOR:
MENSAGEM:
CÓDIGO:
CANAL:
CONTEXTO:


Atividade 2
 Após a leitura atenta das definições das funções da linguagem, observe os textos abaixo e classifique-os de acordo com suas funções (emotiva, referencial, poética, metalinguística, fática, conativa).
a.
Sou um sujeito cheio de recantos.    
Os desvãos me constam
Tem hora leio avencas.
Tem hora, Proust.
Ouço aves e beethovens.
Gosto de Bola-Sete e Charles Chaplin.
O dia vai morrer aberto em mim. (Manoel de Barros, Livro sobre nada)

b.
- Que absurdo! Os preços subiram de um dia para o outro no supermercado
- Sim, é verdade, é um absurdo. Mas temos que tocar a vida pra frente...
- Como vai a vida, meu amigo?

c.
    CA é a abreviação daquela doença, que não se diz o nome completo para suavizar o impacto de sua presença. Assim, as pessoas preferem dizer CA, para evitar dizer o nome completo, o que causa um pouco de constrangimento para os espíritos sensíveis e receosos de tal doença.

d.
e.
    — Pedro, você pode me dizer o que significa plug?
    — O mesmo que conector macho.
    — E o que é que significa conector macho?
    — Tipo de conector que possui o formato adequado para encaixar em um respectivo conector fêmea.

Fonte:  http://www.metropoledigital.ufrn.br/aulas/disciplinas/ce/aula_09.html Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

sábado, 6 de abril de 2013

Atividade sobre o gênero Manifesto


Manifesto é um gênero textual que se caracteriza como sendo uma manifestação por escrito de um apelo coletivo. A comunidade se reúne e expõe sua queixa ou seu protesto, em grupo, por intermédio de um texto escrito.
Esse tipo de texto apresenta algumas características, tais como:
  • clareza e simplicidade na linguagem;
  • objetividade e precisão da informação contida no texto;
  • ausência de ambiguidade ou contradição que possa comprometer a recepção da mensagem, ou seja, o manifesto/abaixo-assinado não pode gerar dúvidas no leitor;
  • o texto deve ser escrito na terceira pessoa do plural, já que se trata de um apelo coletivo. Por exemplo: o que nos encoraja a escrever esse protesto é...
Leia o texto abaixo, publicado em 2008, no Jornal de Hoje, a respeito do protesto feito contra a construção de hotéis na Via Costeira, que compromete a vista para o mar. Observe que não se trata de um manifesto textual, mas sim de um texto jornalístico que fala sobre um manifesto feito pelas pessoas no local da via costeira.

Jornal de Hoje:
AMBIENTALISTAS FAZEM PROTESTO CONTRA MURO ERGUIDO NA VIA COSTEIRA
30 Abril 2008 — Yuno Silva 
Obra com mais de 2 metros de altura impede vista para o mar e, segundo manifestantes, não está de acordo com o Plano Diretor.
Ambientalistas e lideranças de Conselhos de moradores promoveram na manhã de hoje, na Via Costeira, uma manifestação de repúdio contra um muro de quase 200 metros, que foi erguido, recentemente, pelo Imirá Plaza Hotel, para cercar o anexo onde funciona a arena de shows do empreendimento. Segundo os manifestantes, a obra impede a visão do mar e desrespeita o próprio Plano Diretor do município.
Diante disso, o grupo distribuiu panfletos a pedestres e motoristas que trafegavam pela avenida Dinarte Mariz (Via Costeira). Enquanto funcionários do hotel davam os últimos retoques na obra, faixas eram erguidas pelos ambientalistas, com a frase: “Queremos ver o mar!”. Apesar disso, o gerente do Imirá não quis se pronunciar à imprensa, mas disse à reportagem do JH que não entendia o motivo da polêmica.
No entanto, para o arquiteto e urbanista Heitor Andrade, a construção do muro é ilegal, já que não estaria em conformidade com o artigo 21 da Lei Complementar nº 82, de 2007, que corresponde ao próprio Plano Diretor da cidade, que está em vigência, em relação à Zona Especial Turística (ZET2). Segundo ele, a própria legislação não permite construções civis na Via Costeira, com obras que ultrapassem o nível do meio fio da pista. “Cadê a lei? Essa obra não condiz com o que está firmado no Plano Diretor. Não faz qualquer sentido esse muro erguido acima do nível permitido”, disse Heitor.
Quem garante também a irregularidade é o presidente da Associação Potiguar “Amigos da Natureza”, Francisco Iglesias, que questiona a legalidade da obra e adverte para a construção de novos muros. “Se um hotel faz isso, depois outros irão copiar a mesma idéia, pois não estão nem aí para o impacto que estão provocando”, alertou.
De acordo com Iglesias, o grupo de ambientalistas já enviou ofício à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb), cobrando explicações sobre a suposta autorização para a execução da obra, e solicitando, paralelo a isso, o imediato embargo.
Na Via Costeira existem 13 acessos livres aos cerca de 10 quilômetros de praia, mas para a presidente da Associação dos Conjuntos Ponta Negra e Alagamar (AMPA), Vera Almeida, falta urbanização no local, que garanta a mínima estrutura a banhistas e turistas. “Como se isso não bastasse, ainda querem nos privar de contemplar um dos mais belos visuais do mundo, que serve como verdadeiro cartão-postal. Não concordamos, portanto, com a privatização feita pelos hoteleiros do nosso patrimônio”, observou Vera.
A paisagem também foi defendida pelo economista Rodrigo Câmara, que trafegava pela Via Costeira e resolveu aderir ao movimento. “Moro em Ponta Negra e passo por aqui todos os dias, quando vou trabalhar. Se a Prefeitura permitir esse muro eu tenho certeza que haverá um grande protesto na cidade. Ninguém está de acordo com isso, a não ser por motivos financeiros”, criticou.
Diante disso, os manifestantes resolveram, também, fazer um abaixo-assinado com assinaturas de qualquer cidadão que não concorde com obras que tirem a visão do mar, em toda a extensão da Via Costeira. No documento, que será entregue às autoridades, o grupo pede a demolição imediata do muro.
Fonte: <http://sospontanegra.wordpress.com/category/manifesto/>. Acesso em: 25 fev. 2010.

Atividades:
De acordo com a matéria que você acabou de ler, responda:
1. O que defendem os manifestantes?
2. Quais argumentos eles utilizam?
3. De que forma se deu a ação dos manifestantes?
4. Segundo Heitor Andrade, por que a construção do muro é ilegal?
5. Qual a posição da Associação Potiguar “Amigos da Natureza”?
6. Enquanto cidadão e parte da comunidade de Natal, qual a sua opinião a respeito? Justifique com argumentos próprios. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...