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sábado, 23 de maio de 2020

Atividade sobre o poema "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga (Arcadismo)




Leia um fragmento do poema "Marília de Dirceu", de Tomás Antônio Gonzaga:

Lira XV
Eu, Marília, não fui nenhum Vaqueiro,
Fui honrado Pastor da tua aldeia;
Vestia finas lãs, e tinha sempre
A minha choça do preciso cheia.
Tiraram-me o casal, e o manso gado,
Nem tenho, a que me encoste, um só cajado.

Para ter que te dar, é que eu queria
De mor rebanho ainda ser o dono;
Prezava o teu semblante, os teus cabelos
Ainda muito mais que um grande Trono.
Agora que te oferte já não vejo
Além de um puro amor, de um são desejo. [...]

Fiadas comprarei as ovelhinhas,
Que pagarei dos poucos do meu ganho;
E dentro em pouco tempo nos veremos
Senhores outra vez de um bom rebanho.
Para o contágio lhe não dar, sobeja
Que as afague Marília, ou só que as veja.

Se não tivermos lãs, e peles finas,
Podem mui bem cobrir as carnes nossas
As peles dos cordeiros mal curtidas,
E os panos feitos com as lãs mais grossas.
Mas ao menos será o teu vestido
Por mãos de amor, por minhas mãos cosido. [...]
GONZAGA, Tomás Antônio. Clássicos da Poesia Brasileira. 

# Questões:
1. Uma característica do Arcadismo presente nesse texto é
A) a crítica à vida nos centros urbanos.
B) a despreocupação na construção de rimas.
C) a idealização da figura feminina.
D) a preferência por temas descritivos.
E) a referência à mitologia greco-romana.

2. Nos versos “Agora que te oferte já não vejo/ Além de um puro amor, de um são desejo.” (v. 11-12), há o predomínio da linguagem
A) científica.
B) culta.
C) informal.
D) jornalística.
E) regional.

3. Nas duas últimas estrofes desse texto, o eu lírico expressa
A) esperança.
B) indiferença.
C) indignação.
D) melancolia.
E) satisfação.

4. Nesse texto, o trecho “Tiraram-me o casal, e o manso gado, / Nem tenho, a que me encoste, um só cajado.” (v. 5-6) é exemplo de função da linguagem
A) apelativa.
B) emotiva.
C) fática.
D) metalinguística.
E) referencial.


Atividade sobre um poema de Cláudio Manuel da Costa (Arcadismo)




Leia o poema abaixo de Cláudio Manuel da Costa.

LXXII
Já rompe, Nise, a matutina aurora
O negro manto, com que a noite escura,
Sufocando do Sol a face pura,
Tinha escondido a chama brilhadora.

Que alegre, que suave, que sonora,
Aquela fontezinha aqui murmura!
E nestes campos cheios de verdura
Que avultado o prazer tanto melhora!

Só minha alma em fatal melancolia,
Por te não poder ver, Nise adorada,
Não sabe inda, que coisa é alegria;

E a suavidade do prazer trocada,
Tanto mais aborrece a luz do dia,
Quanto a sombra da noite lhe agrada.
COSTA, Claudio Manuel da. Clássicos da Poesia Brasileira

# Questões: 
1. No verso “Que alegre, que suave, que sonora,” (v. 5), a repetição do termo em destaque expressa
A) admiração.
B) incerteza.
C) melancolia.
D) nervosismo.
E) surpresa.

2. Na terceira estrofe desse texto, o eu lírico revela estar
A) desanimado com as mudanças que ocorrem no mundo.
B) exaltado com a figura feminina representada pela Nise.
C) infeliz com o distanciamento da mulher amada.
D) pessimista com o destino do relacionamento amoroso.
E) preocupado com o futuro das belezas naturais.

3. No trecho “Aquela fontezinha aqui murmura!” (v. 6), o diminutivo no termo em destaque expressa
A) delicadeza.
B) desprezo.
C) ironia.
D) piedade.
E) tristeza.

4. Nos versos "Tanto mais aborrece a luz do dia, / Quanto a sombra da noite lhe agrada", temos orações estabelecendo uma relação de
A) causa
B) finalidade
C) tempo
D) comparação


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Aula: Análise da música "Deus e eu no sertão", Victor e Leo


Atividade para aula de língua portuguesa/literatura com exercícios de análise e interpretação da música "Deus e Eu No Sertão", de Victor e Leo

Leia a música abaixo e responda as questões que seguem:
Deus E Eu No Sertão - Victor e Leo

Nunca vi ninguém
Viver tão feliz
Como eu no sertão

Perto de uma mata
E de um ribeirão
Deus e eu no sertão

Casa simplesinha
Rede pra dormir
De noite um show no céu
Deito pra assistir

Deus e eu no sertão

Das horas não sei
Mas vejo o clarão
Lá vou eu cuidar do chão

Trabalho cantando
A terra é a inspiração
Deus e eu no sertão

Não há solidão
Tem festa lá na vila
Depois da missa vou
Ver minha menina

De volta pra casa
Queima a lenha no fogão
E junto ao som da mata
Vou eu e um violão

Deus e eu no sertão

Atividade: 
1. Enumere as qualidades do eu lírico da música "Deus e eu no sertão"?

2. A música faz descrições de lugares:
a) Como caracteriza os lugares na música?

b) Como se sente o eu lírico diante desse cenário?

3. Apesar da canção "Deus e eu no sertão" não ser um texto árcade, ela possui características bem próximas do movimento literário Arcadismo. Identifique na música versos que ilustrem as seguintes características árcades:
a) valorização da vida no campo

b) simplicidade

c) proximidade com a natureza