segunda-feira, 18 de maio de 2020

Atividade sobre o livro "A Ilha do Tesouro"




Leia o texto abaixo.

A Ilha do Tesouro

    Em certo dia do ano de mil setecentos e tantos, um velho marinheiro, com uma cicatriz no rosto, bateu com o seu bordão ferrado à porta da estalagem “Almirante Benbow”. Disse rudemente ao estalajadeiro, meu pai, que lhe trouxesse um copo, pediu notícias da freguesia, mandou em seguida o empregado levar-lhe a bagagem e atirou sobre a mesa três ou quatro moedas de ouro.
    Durante os dias seguintes, o Capitão – assim queria o estranho hóspede que lhe chamassem – outra coisa não fez senão vagar ao longo da baía e sobre os rochedos, munido de um óculo. Ríspido, zangado, esbravejando, o dia todo, não respondia ao que lhe perguntavam; mas, após algum tempo, me chamou à parte para dizer-me que observasse todos os fregueses e o avisasse da chegada de um marinheiro perneta.
    Nas tardes chuvosas, contava horríveis histórias de naufrágios, enforcamentos e torturas.
Eu, minha mãe, meu pai e uns poucos fregueses o escutávamos apavorados. [...]
    Em certa manhã de janeiro me vi diante de um homem sem dois dedos da mão esquerda e com um facão no cinto [...], começou a fazer-me perguntas a respeito de um certo Bill, um marinheiro seu amigo.
    As minhas respostas vagas, todas monossilábicas, retrucou que seu amigo Bill devia ser o próprio Capitão e, pegando-me de repente por um braço, perguntou-me onde estava ele nesse momento e a que horas voltaria.
    Ficamos a esperá-lo, ele e eu, na sala da estalagem durante cerca de meia hora.
    Afinal o Capitão regressou e, quando ouviu aquela estranha personagem chamá-lo pelo nome, exclamou furiosamente:
    – Cão Negro! Os dois homens trocaram algumas palavras em voz alta e mandaram-me embora.
    Deixei-os sós, mas pouco depois ouvi um barulho de móveis caindo, um tinir de lâminas metálicas, um grito de dor, e vi o Cão Negro fugindo como um doido, seguido do Capitão. Junto da porta, este desferiu um terrível golpe de facão, que não alcançou o alvo, e o Cão Negro, embora ferido no ombro, ainda teve tempo de escapar. [...]
STEVENSON, Robert Louis. Disponível em:<http://www.elivros-gratis.net/elivros-gratis-infanto-juvenil.asp>. Acesso em: 22 jun. 2012.
Fragmento. (P091546RJ_SUP)

# Respostas:
1. Nesse texto, no trecho “As minhas respostas vagas,...” (ℓ. 16), a palavra "vagas" revela que as respostas eram
A) contraditórias.
B) imprecisas.
C) limitadas.
D) livres.

2. De acordo com esse texto, o Capitão pediu que o narrador observasse todos os fregueses porque queria
A) conhecer melhor a estalagem “Almirante Benbow”.
B) contar histórias de naufrágios.
C) saber notícias da freguesia.
D) ser avisado da chegada de um marinheiro perneta.

3. Nesse texto, há uma opinião do narrador em:
A) “... um velho marinheiro, com uma cicatriz no rosto,...”. (ℓ. 1-2)
B) “... o Capitão – assim queria o estranho hóspede que lhe chamassem...”. (ℓ. 6-7)
C) “... me vi diante de um homem sem dois dedos da mão esquerda...”. (ℓ. 13)
D) “Ficamos a esperá-lo, ele e eu, na sala da estalagem...”. (ℓ. 19)

4. De acordo com esse texto, o Capitão
A) andava com um facão no cinto.
B) esperou por seu amigo na sala da estalagem.
C) teve o braço ferido na discussão com o marinheiro.
D) tinha uma cicatriz no rosto.

5. No quinto parágrafo desse texto, o narrador parece estar
A) agressivo para se defender.
B) assustado com a atitude do marinheiro.
C) desatento à explicação do homem.
D) desinteressado de responder sobre Bill.


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