segunda-feira, 6 de novembro de 2017

Atividade sobre "Entrevista" (com cineasta Fernando Meirelles)



Leia o trecho do texto abaixo publicado na revista "Planeta":

Plantar árvores dá mais prazer do que fazer filmes

O cineasta paulista Fernando Meirelles concilia o cinema com o ativismo em defesa das florestas e dedica boa parte do seu tempo a acompanhar as questões ecológicas.

Aos 56 anos, o cineasta Fernando Meirelles integra a galeria dos melhores diretores do cinema brasileiro. Entusiasta de filmes experimentais na juventude, criou programas para a televisão, trabalhou com publicidade e dirigiu sucessos como Cidade de Deus, em que usou a estética dos videoclipes para retratar a violência no Rio de Janeiro – obra que concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2004.

Precisamos mudar de cultura para adequar nossa civilização aos limites do planeta?
Sabemos que precisaríamos dos recursos de três planetas para a população atual alcançar os padrões de consumo do Primeiro Mundo. Esse parece ser o objetivo de todos os governos e habitantes. Mas está claro que essas aspirações não cabem no espaço que temos. Apesar de muitos estudos anunciando a falta iminente de minérios, de peixes ou de água potável, nossa sociedade não sabe existir sem crescer.

Há pessimismo sobre o esforço para se controlar as mudanças climáticas. Estamos numa corrida contra o tempo?
Alguns cientistas dizem que estamos quase no ponto em que o processo de aquecimento se torna irreversível. Outros, que já ultrapassamos. Em 2000 estava claro que para o planeta não esquentar 2º centígrados até 2050 as emissões de carbono teriam que ser reduzidas em 2% ao ano, ao longo da década. Não aconteceu. Há indícios claros de que algo está mudando muito mais rapidamente do que se previa.

Você acha que há empenho em mudar o modelo de vida consumista que temos?
Muito pouco. Ambientalista ainda é sinônimo de chato, quando não de hippie maconheiro. “É gente contra o progresso, que acredita que comida nasce em supermercado”, diz a inacreditável senadora Kátia Abreu. Em curto prazo entendo por que se associa crescimento a bem-estar. O problema é que a visão de longo prazo não cabe no sistema visual dos homens públicos: eles trabalham com horizontes que vão, no máximo, até as próximas duas ou três eleições.

O cinema pode mitigar as emissões de carbono?
Como toda forma de comunicação, o cinema pode ajudar a mudar comportamentos ao informar e tocar as pessoas. Lembro que fiquei extremamente impactado ao assistir a filmes como o francês Home – nosso Planeta, nossa casa ou o norte-americano Food Inc. São filmes sensacionais a respeito dos temas desta entrevista. Deixo a recomendação aos leitores. (Por Maria da Paz Trefaut)

Responda às questões abaixo:

1. A que gênero textual pertence o texto lido?
a) notícia
b) artigo de opinião
c) entrevista
d) reportagem

2. Com que tipo de pessoa e com que finalidade o texto trabalha?
a) foi entrevistado um político para falar sobre economia
b) foi noticiado sobre meio ambiente a partir da fala de um advogado
c) foi apresentado um cientista para falar sobre meio ambiente
d) foi entrevistada uma pessoa pública para falar sobre meio ambiente

3. Quem é a entrevistadora e quem é o entrevistado no texto?

4. Considerando que a revista "Planeta" é dirigida a um público com acesso a produtos culturais. A escolha do título está relacionada ao perfil do público da revista? Por quê?

5. Qual é o assunto abordado no texto?

6. Observe a linguagem usada pela entrevistadora e pelo entrevistado. Que variedade linguística foi empregada?

7. Qual é o ponto de vista do entrevistado sobre a "limitação dos recursos do planeta"?

8. O que o entrevistado fala sobre "controle das mudanças climáticas"?

9. O entrevistado é pessimista ou otimista em relação às pessoas mudarem suas posturas sobre o consumismo? Explique sua resposta.

10. Há alguma pergunta da entrevistadora que relaciona cinema com meio ambiente? Qual  propósito dessa pergunta?


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