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segunda-feira, 7 de março de 2022

Análise do texto "Mulher ainda é minoria no Congresso Nacional"



Leia o texto a seguir para responder às questões de 1 a 5.

Mulher ainda é minoria no Congresso Nacional

Apesar de apresentar um crescimento significativo desde 1990, as mulheres ainda são minoria no Congresso Nacional. Hoje, dos 513 deputados na Câmara, apenas 46 são mulheres, ou seja, 8,97%. No Senado, dos 81 parlamentares, 10 são mulheres (12,34%).

Segundo o professor do Instituto de Ciência Política da UnB (Universidade de Brasília), Leonardo Barreto, apesar de o Congresso ter instituído, em 1996, cotas na Legislação Eleitoral ― que, hoje, obriga os partidos a inscreverem, no mínimo, 30% de mulheres nas chapas proporcionais ―, o sistema ainda é pouco eficiente.

"A cota não resolveu, o sistema é pouco eficiente. Hoje, o Congresso é representado por entre 8% e 12% das mulheres."

Barreto afirmou que o fato se deve ao preconceito que ainda existe. "A entrada da mulher no mundo da política é difícil, porque algumas pessoas ainda pensam que política é para homem. Em alguns países, como a Argentina, a mulher já domina a política. No Brasil, a situação ainda pode mudar e a mulher chegar à Presidência da República."

O professor destacou medidas que poderiam ajudar a reverter o atual quadro feminino na política brasileira: políticas de valorização da mulher, reforma política, investimentos em construção de lideranças femininas e uma lei punindo os partidos que não atingirem a cota mínima estabelecida.

"Teria de ser uma cota de cadeiras e não uma cota de candidaturas", explicou.
BARBAR, Tathiana. Mulher ainda é minoria no Congresso Nacional. Disponível em <www1.folha.uol.com.br/folha/brasil/ult96u367852.shtml>. Acesso em: 28 dez. 2008.

1. Segundo o texto, pode-se afirmar que
A) As mulheres não sofrem mais preconceito.
B) As cotas só podem ser de candidaturas e não de cadeiras.
C) A escolha do sistema de cotas foi uma atitude impensada do governo.
D) A mulher, no Brasil, ainda pode chegar à presidência da República.
E) As ações afirmativas têm impedido a entrada da mulher na política.

2. De acordo com o texto, “Mulher ainda é minoria no Congresso Nacional”, porque
A) o sistema é ainda deficiente.
B) o Congresso não aceita mulheres no poder.
C) a mulher já domina a política em alguns casos, no Brasil.
D) os partidos punem os que atingem a maioria da cota estabelecida.
E) a legislação só aceita 30% de mulheres nas chapas proporcionais.

3. O quarto parágrafo do texto enfoca
A) a restrição da mulher no Senado.
B) o lançamento da mulher à presidência.
C) o poder do homem, como maioria, na Câmara.
D) o sucesso das mulheres no Congresso Nacional.
E) o preconceito impedindo o avanço da mulher no mundo político.

4. No texto, o termo
A) “Apesar de” expressa concessão.
B) “ainda” indica uma exemplificação.
C) “apenas” denota inclusão.
D) “ou seja” expressa realce.
E) “como” indica conformidade.

5. Analise a frase abaixo

“cotas na Legislação Eleitoral ― que, hoje, obriga os partidos a inscreverem, no mínimo, 30% de mulheres nas chapas”.

O conetivo que exerce a mesma função do “que” destacado nesse fragmento é o que aparece em
A) “Barreto afirmou que o fato se deve ao preconceito que ainda existe”. 
B) “mundo da política é difícil, porque algumas pessoas ainda pensam...”
C) “a situação ainda pode mudar”
D) “O professor destacou medidas que poderiam ajudar a reverter o atual quadro feminino” 
E) "Teria de ser uma cota de cadeiras e não uma cota de candidaturas"

domingo, 6 de março de 2022

Análise do texto "Uma mulher pobre" - Interpretação de texto



Cantora Nalla cantando na rua - Foto: Facebook
Leia o texto a seguir:

Uma mulher pobre

Aquela mulher foi de uma espontaneidade impressionante, pela marcação ritmada de seus passos e pelo gingado que brotava de seu corpo esquálido.

Vi-me no centro da cidade grande; o povaréu pra lá e cá. Pois é. Ouvi, lá adiante, uma música na linha de meu percurso.

Um rapaz começou a tocar violão acompanhado por gravações em fita, cantava e o grande círculo foi se formando que a música era boa.

Chegaram os guardas municipais; gente arrogante; interromperam a apresentação sem a menor consideração com o povo ali em volta; o moço parou a música ao meio, sacou da papelada; foram-se. O show recomeçou.

Súbito, apareceu uma mulher mendiga; magra, vestida de preto, cabelo desgrenhado, sandálias havaianas e um ritmo frenético com que dançava, exprimindo-se em volteios como um vulto esvoaçando em esguios traços de uma serenidade encantada.

E me demorei em contemplar a cena: o povo ria, não de deboche, mas de uma certa alegria contida. Parecia que todos eram parte daqueles ossos flutuantes; o povo via naquela mulher a liberação de suas ansiedades e ria por se sentir incluído: alguém estava fazendo o que todos gostariam de fazer, naquele lugar, àquela hora. Era a catarse. Aquela mulher fazia com todos uma catarse a céu aberto.

Sabe aqueles pulos que os jovens dão em shows de rock? Aquela mulher fazia tudo com uma precisão matemática e uma plasticidade elegante que lhe permitia o corpo esguio. 

Pude notar ali um par de opostos: de um lado, um farrapo humano chamejante; do outro o talento se exprimindo em meio a escombros, porém com vivos sinais de elegância e encantamento.

E saí dali convicto de ter ouvido um brilhante discurso de como de dentro da pobreza extrema a alma dá o ritmo para os pequenos e grandes acontecimentos. 

Aquela mulher ficaria em minhas retinas como presença do sagrado nas ruas da cidade grande.
UMA MULHER pobre. Disponível em: <www.oswaldocruz.br/conteudo_ler.asp?id_conteudo=14703-29k>. Acesso em: 2 jan.

1. Em se tratando dos guardas, pode-se observar a
A) constatação de que houve corrupção na cobrança da lei.
B) representação de formalidade excessiva no exercício do poder.
C) forma cabal de se manifestar em relação aos direitos da população.
D) displicência na exigência da manutenção da ordem pública.
E) atitude evasiva em relação à abordagem feita ao artista.

2. No trecho “Vi-me no centro da cidade grande; o povaréu pra lá e cá. Pois é. Ouvi, lá adiante, uma música na linha de meu percurso.”, o termo "Pois é" denota
A) dedução.
B) oposição.
C) reforço.
D) afirmação.
E) improvisação.

3. A certeza de que as pessoas não zombavam da mulher foi em decorrência de
A) um sonho.
B) uma dedução ilógica.
C) uma alegria contida.
D) um desejo imutável.
E) puro sentimentalismo burguês.

4. No trecho “Era a catarse. Aquela mulher fazia com todos uma catarse a céu aberto.", o termo em destaque significa
A) castigo.
B) carência.
C) dignidade.
D) purificação.
E) disposição.

5. No texto, o termo
A) “se” (linha 8) indica condição.
B) “mas” (linha 13) denota acréscimo.
C) “que” (linha 17) tem valor conjuntivo.
D) “e” (linha 18) expressa adição.
E) “como” (linha 23) indica causa.

6. Sobre as sintaxes de concordância e de regência usadas no texto, é correto afirmar:
A) Os conectivos ”que” (linha 2) e “que” (linha 6) têm o mesmo valor morfológico.
B) A forma verbal “Ouvi” (linha 3) está no singular para concordar com “uma música” (linha 3).
C) As formas verbais “Chegaram” (linha 7) e “recomeçou” (linha 9) apresentam a mesma regência.
D) “naquela mulher” (linha 14) e “de suas ansiedades” (linhas 14 e 15) exercem a mesma função sintática.
E) “incluído”(linha 15) completa o sentido de “se sentir” (linha 15).

segunda-feira, 31 de maio de 2021

Atividade de interpretação de uma história em quadrinhos do Laerte



Leia esta história em quadrinhos do cartunista Laerte.
FONTE: (Laerte. Acervo do cartunista.) 

1. Observe o título da história e levante hipóteses:
a. Por que ele está escrito entre aspas?

b. A qual das duas personagens essa mesma frase poderia ser atribuída, caso fosse uma fala no contexto da história?

c. Por que essa frase está no título, e não no balão da fala da personagem?

d. Qual relação pode ser estabelecida entre essa frase e o senso comum? Justifique sua resposta.

2. Ainda a respeito do título:
a. Reescreva-o em seu caderno, substituindo as reticências por uma oração que traduza o sentido geral da tira.

b. Discuta com os colegas e o professor: Qual a função do operador argumentativo mas nesse contexto?

3. Observe o 1º quadrinho.
a. Qual é a relação entre a fala da personagem e o senso comum?

b. Que sentimentos manifestam as expressões faciais das personagens?

4. Observe o 2º e o 3º quadrinhos.
a. Qual é a relação entre as falas da personagem de vestido rosa e o senso comum?

b. Embora faça apenas perguntas, é possível considerar que as falas da personagem de vestido rosa têm um alto grau de informatividade. Justifique essa afirmação.

c. Que sentimentos manifestam as expressões faciais da personagem de casaco azul?

5. Observe o último quadrinho.
a. Qual é a postura da personagem de casaco azul diante da conclusão da personagem de vestido rosa?

b. Justifique essa postura com base no modo como o senso comum é construído na sociedade.


Fonte: Português Contemporâneo: Diálogo, Reflexão e Uso

segunda-feira, 6 de maio de 2019

Aula de português: atividade com a música "Maria, Maria" (Dia das Mães, Mês das Mães)



Atividade para aula de língua portuguesa com exercícios de análise e interpretação da música "Maria, Maria", de Milton Nascimento

Leia a letra de música "Maria, Maria", interpretada por Elis Regina e Milton Nascimento.

Maria, Maria
É um dom, uma certa magia,
Uma força que nos alerta
Uma mulher que merece viver e amar
Como outra qualquer do planeta
Maria, Maria
É o som, é a cor, é o suor
É a dose mais forte e lenta
De uma gente que ri quando deve chorar
E não vive, apenas aguenta
Mas é preciso ter força
É preciso ter raça
É preciso ter gana sempre
Quem traz no corpo a marca
Maria, Maria
Mistura a dor e a alegria
Mas é preciso ter manha
É preciso ter graça
É preciso ter sonho sempre
Quem traz na pele essa marca
Possui a estranha mania
De ter fé na vida

# Questões:
1. Quais qualidades são atribuídas a mulher nessa música?

2. Em relação ao verso "Maria é o som, é a cor, é o suor", o autor do texto se refere às mulheres em geral ou especifica? Justifique.

3. Nos versos "Maria.../ é a dose mais forte e lenta / de uma gente que ri quando deve chorar / E não vive, apenas aguenta", revela que a mulher descrita na música não tem só motivos para sorrir. Como você explica tais versos?

4. A música revela os segredos de "Maria" para conseguir seguir em frente. Liste 5 desses segredos que ela precisa seguir.

5. Você considera que a letra dessa música adequada para homenagear o dias das mães? Justifique sua resposta.

6. Essa música foi escrita por Milton Nascimento para homenagear a mãe dele. Escreva um texto expressando seus sentimentos para sua mãe.

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Aula sobre interpretação da poesia "A Casa", de Vinicius de Moraes


A Casa (Vinicius de Moraes)

Era uma casa muito engraçada
Não tinha teto, não tinha nada
Ninguém podia entrar nela, não
Porque na casa não tinha chão
Ninguém podia dormir na rede
Porque na casa não tinha parede
Ninguém podia fazer pipi
Porque penico não tinha ali
Mas era feita com muito esmero
na rua dos bobos, número zero.

Atividades:
1. A que “casa” se refere o poema de Vinícius de Moraes? Crie hipóteses.

2. Marque a alternativa abaixo que corresponde ao significado da palavra “esmero”:
a) carinho; b) esnobe; c) desleixo

3. Afinal, por que a “casa” do poema era feita com muito “esmero”?

4. Quem seriam os “bobos” da rua do poema “A Casa”? Crie hipóteses.

5. Considerando o formato do número “zero”, por que a tal “Casa” tem esse número? Crie hipóteses. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

# RESPOSTAS (GABARITO)

quinta-feira, 14 de junho de 2018

Cinco dicas de interpretação de textos



Letrado não é aquele que decodifica uma mensagem: letrado é o indivíduo que lê e compreende o que lê. No Brasil, infelizmente, grande parcela da população sofre com o analfabetismo funcional, que nada mais é do que a incapacidade que um leitor tem de compreender textos — inclusive os textos mais simples — de gêneros muito acessados no cotidiano.

O analfabeto funcional não transforma em conhecimento aquilo que lê, pois sua capacidade de interpretação textual é reduzida. Ao contrário do que muitos pensam, o problema atinge pessoas com os mais variados níveis de escolaridade, e não apenas aqueles cuja exposição ao estudo sistematizado foi reduzida. Para que você possa aprimorar sua capacidade de interpretação, o sítio de Português elaborou algumas dicas que vão te ajudar a alcançar uma leitura proficiente, livre de quaisquer mal-entendidos. Boa leitura e bons estudos!

Cinco dicas de interpretação de textos

Dica 1: Livre-se das interferências externas

Sabemos que nem sempre é possível ter a tranquilidade desejada para estudar, ainda mais quando somos obrigados a conciliar várias atribuições em nossa rotina, mas sempre que possível, fique livre de interferências externas e escolha ambientes adequados para a leitura. Um ambiente adequado é aquele que oferece silêncio e algum conforto, afinal de contas, esses fatores influenciam de maneira positiva os estudos. Ruídos e interferências durante a leitura reduzem drasticamente nossa capacidade de concentração e, consequentemente, de interpretação.

Dica 2: Sempre recorra a um bom dicionário

Quem nunca precisou interromper a leitura diante de um vocábulo desconhecido? Essa é uma situação corriqueira, mesmo porque o léxico da língua portuguesa é extenso. É claro que desconhecer o significado de algumas palavras pode atrapalhar a interpretação textual, por isso, o ideal é que você, diante de um entrave linguístico, consulte um bom dicionário. Na impossibilidade de consultar um dicionário, anote a palavra para uma consulta posterior. É assim que um bom vocabulário é construído, e acredite: ele sempre estará em construção, pois estamos constantemente em aprendizado.

Dica 3: Prefira a leitura no papel

Sabemos que a tecnologia nos oferece diversos suportes que facilitam e democratizam a leitura e que os livros digitais são uma realidade. Contudo, sempre que possível, opte por livros ou documentos físicos, isto é, impressos. O papel oferece a oportunidade de ser rabiscado, nele podemos fazer anotações de maneira rápida e prática, além de ser a melhor opção para quem tem dificuldades de interpretação textual.

Dica 4: Faça paráfrases

A paráfrase consiste em uma explicação livre e desenvolvida de um fragmento do texto e também dele completo. Ao ler um parágrafo mais complexo, você pode fazer uma pausa para tentar explicá-lo com suas próprias palavras: isso facilitará a compreensão e a assimilação daquilo que está sendo lido.

Dica 5: Leia devagar

Ler apressadamente é um exercício que dificilmente transformará informação em conhecimento. O cérebro precisa de tempo para processar a leitura, por isso, evite ler em situações adversas. Uma leitura feita com calma permitirá que você retome parágrafos — e poucas coisas são mais eficientes para a interpretação textual do que a releitura —, consulte o dicionário e faça paráfrases e anotações, ou seja, todas as dicas anteriormente citadas dependem, sobretudo, dessa leitura cuidadosa.

Por Luana Castro
Graduada em Letras

sexta-feira, 15 de setembro de 2017

Interpretação de texto sobre Infância Perdida (problema social)



Uma criança vai para a escola, descalça. Outra criança vende balas no semáforo de uma cidade grande. Outra acorda às 4 h da madrugada para trabalhar na lavoura. Outra, jogando bola no campinho, sonha ser jogador de futebol. O que é ser criança no nosso país?

O menino

Vou fazer um apelo. É o caso de um menino desaparecido.  
Ele tem 11 anos, mas parece menos; pesa 30 quilos, mas parece menos; é brasileiro, mas parece menos. 
É um menino normal, ou seja: subnutrido, desses milhares de meninos que não pediram pra nascer; ao contrário: nasceram pra pedir. 
Calado demais pra sua idade, sofrido demais pra sua idade, com idade demais pra sua idade. É, como a maioria, um desses meninos de 11 anos que ainda não tiveram infância. 
Parece ser menor carente, mas, se é, não sabe disso. Nunca esteve na Febem, portanto, não teve tempo de aprender a ser criança-problema. Anda descalço por amor à bola. 
Suas roupas são de segunda mão, seus livros são de segunda mão e tem a desconfiança de que a sua própria história alguém já viveu antes. 
Do amor não correspondido pela professora, descobriu que viver dói. Viveu cada verso de "Romeu e Julieta", sem nunca ter lido a história. 
Foi Dom Quixote sem precisar de Cervantes e sabe, por intuição, que o mundo pode ser um inferno ou uma badalação, dependendo se ele é visto pelo Nelson Rodrigues ou pelo Gilberto Braga. 
De seu, tinha uma árvore, um estilingue zero quilômetro e um pássaro preto que cantava no dedo e dormia em seu quarto. 
Tímido até a ousadia, seus silêncios gritavam nos cantos da casa e seus prantos eram goteiras no telhado de sua alma. 
Trajava, na ocasião em que desapareceu, uns olhos pretos muito assustados e eu não digo isso pra ser original: é que a primeira coisa que chama a atenção no menino são os grandes olhos, desproporcionais ao tamanho do rosto. 
Mas usava calças curtas de caroá, suspensórios de elástico, camisa branca e um estranho boné que, embora seguro pelas orelhas, teimava em tombar pro nariz. 
Foi visto pela última vez com uma pipa na mão, mas é de todo improvável que a pipa o tenha empinado. Se bem que, sonhador do jeito que ele é, não duvido nada.
Sequestrado, não foi, porque é um menino que nasceu sem resgate. 
Como vocês veem, é um menino comum, desses que desaparecem às dezenas todos os dias. 
Mas se alguém souber de alguma notícia, me procure, por favor, porque... ou eu encontro de novo esse menino que um dia eu fui, ou eu não sei o que vai ser de mim. 
(Chico Anysio. Disponível em: http://oglobo.globo.com/cultura/um-autorretrato-inedito-de-chico-anysio-4428439. Acesso em: 27/6/2014.) 

Glossário:
Caroá: tecido rústico. 
Dom Quixote: personagem da obra do escritor espanhol Miguel de Cervantes, caracterizada como sonhadora e delirante. 
Febem: sigla de Fundação Estadual para o Bem-Estar do Menor; hoje, Fundação Casa (Centro de Atendimento Socioeducativo ao Adolescente). 
Nelson Rodrigues: escritor e dramaturgo brasileiro. 
Gilberto Braga: autor de telenovelas brasileiro. 
Romeu e Julieta: peça teatral de William Shakespeare em que dois adolescentes são impedidos de viver o amor em razão da inimizade entre suas famílias. 

# Exercícios:
1. O texto é construído como se fosse um anúncio de busca de pessoa desaparecida.
a) Em que trecho isso fica explícito?
b) Em geral, o que caracteriza um texto desse tipo?

2. No texto em estudo:
a) Quais são as características do menino?
b) Como se trajava? Faça um levantamento do que o menino usava como vestuário.
c) O que fazia quando foi visto pela última vez?
d) Deduza: Qual era a condição social do menino?

3. O texto faz outras caracterizações do menino, além das físicas.
a) Que elementos dizem respeito:
- ao mundo infantil do menino?
- ao romantismo precoce?
- à concepção do mundo?

b) Referindo-se ao menino, o narrador diz: "sonhador do jeito que ele é". Qual personagem citada no texto também é um sonhador?

4. O narrador também faz referências ao menino utilizando expressões como estas: "subnutrido", "nasceram pra pedir", "ainda não tiveram infância", "sem resgate". Que visão da infância se depreende desses trechos: feliz, bem-cuidada ou desprotegida e carente?

5.  Aos poucos, vai ficando claro o tema do texto e sua verdadeira intencionalidade.
a) Qual é o tema do texto ?
b) Apesar de o texto abordar um grave problema da realidade brasileira, ele não perde o humor. Explique como se constrói o humor nestes trechos:

"pesa 30 quilos, mas parece menos; é brasileiro, mas parece menos"
"com idade demais pra sua idade"
"é de todo improvável que a pipa o tenha empinado"

6. No último parágrafo há uma revelação importante para o desfecho do texto.
a) Qual é a revelação?
b) Nesse sentido, o menino procurado se perdeu no espaço ou no tempo? Explique.

7. O narrador aponta todas as carências do menino que ele foi, mas, no final do texto, diz: "ou eu encontro de novo esse menino que um dia eu fui, ou eu não sei o que vai ser de mim".
a) Interprete: Por que o narrador deseja encontrar o menino que ele foi?
b) O desaparecimento do menino deve ser visto como um fato concreto ou ele pode representar um desaparecimento no sentido figurado? Explique.

8. O texto "O menino" contém humor e lirismo. Contudo, além de provocar o riso e a emoção, ele também cumpre outra finalidade. Qual é ela?

Fonte: Português: Linguagem

# RESPOSTAS (GABARITO) 

domingo, 13 de setembro de 2015

Exercícios sobre intertextualidade em poesias de Drummond, Chico e Adélia Prado



Leia os seguintes versos e responda as questões propostas.

Quando nasci, um anjo torto
desses que vivem na sombra
disse: Vai, Carlos! ser gauche na vida.
(Trecho de “Poema de sete faces” de Carlos Drummond de Andrade)

Quando nasci um anjo esbelto,
desses que tocam trombeta, anunciou:
vai carregar bandeira.
(Trecho de “Com lincença poética” de Adélia Prado)

Quando nasci veio um anjo safado
O chato do querubim
E decretou que eu estava predestinado
A ser errado assim 
(Trecho de “Até o fim” de Chico Buarque)

# Questões:
1) Nos três textos temos a figura de um anjo que anuncia o destino do eu lírico.

a) Como é o anjo da poesia de Drummond e qual é o destino anunciado para o eu poético?

b) Como é o anjo da poesia de Adélia Prado e qual é o destino anunciado para o eu poético?

c) Como é o anjo da poesia de Chico Buarque e qual é o destino anunciado para o eu poético?

2) Tendo em vista que a palavra “gauche” significa “Indivíduo tímido, incapaz, sem muita aptidão”, qual a relação intertextual entre o texto de Drummond e de Chico Buarque?

3) Observe a figura do anjo no texto de Drummond e de Adélia Prado. Qual a relação intertextual entre estes dois textos? Por quê?

Fonte: https://profsimonepaulino.wordpress.com Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

segunda-feira, 23 de junho de 2014

Atividade para Copa do Mundo com o conto "O dono da bola", de Ruth Rocha




Atividade para aula de língua portuguesa/literatura a partir da leitura e interpretação do conto "O dono da bola", de Ruth Rocha

Leia o conto abaixo:

"O dono da bola", Ruth Rocha

O nosso time estava cheio de amigos. O que nós não tínhamos era a bola de futebol. Só bola de meia, mas não é a mesma coisa.
Bom mesmo é bola de couro, como a do Caloca.
Mas, toda vez que nós íamos jogar com Caloca, acontecia a mesma coisa. E era só o juiz marcar qualquer falta do Caloca que ele gritava logo:
– Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola!
– Ah, Caloca, não vá embora, tenha espírito esportivo, jogo é jogo...
– Espírito esportivo, nada! – berrava Caloca. – E não me chame de Caloca, meu nome é Carlos Alberto!
E assim, Carlos Alberto acabava com tudo que era jogo.
A coisa começou a complicar mesmo, quando resolvemos entrar no campeonato do nosso bairro. Nós precisávamos treinar com bola de verdade para não estranhar na hora do jogo.
Mas os treinos nunca chegavam ao fim. Carlos Alberto estava sempre procurando encrenca:
– Se o Beto jogar de centroavante, eu não jogo!
– Se eu não for o capitão do time, vou embora!
– Se o treino for muito cedo, eu não trago a bola!
E quando não se fazia o que ele queria, já sabe, levava a bola embora e adeus, treino.
Catapimba, que era o secretário do clube, resolveu fazer uma reunião:
– Esta reunião é para resolver o caso do Carlos Alberto. Cada vez que ele se zanga, carrega a bola e acaba com o treino.
Carlos Alberto pulou, vermelhinho de raiva:
– A bola é minha, eu carrego quantas vezes eu quiser!
– Pois é isso mesmo! – disse o Beto, zangado. – É por isso que nós não vamos ganhar campeonato nenhum!
– Pois, azar de vocês, eu não jogo mais nessa droga de time, que nem bola tem.
 E Caloca saiu pisando duro, com a bola debaixo do braço.
Aí, Carlos Alberto resolveu jogar bola sozinho. Nós passávamos pela casa dele e víamos. Ele batia bola com a parede. Acho que a parede era o único amigo que ele tinha. Mas eu acho que jogar com a parede não deve ser muito divertido.
Porque, depois de três dias, o Carlos Alberto não aguentou mais. Apareceu lá no campinho.
– Se vocês me deixarem jogar, eu empresto a minha bola.
Carlos Alberto estava outro. Jogava direitinho e não criava caso com ninguém.
E, quando nós ganhamos o jogo final do campeonato, todo mundo se abraçou gritando:
– Viva o Estrela-d’Alva Futebol Clube!
– Viva!       
– Viva o Catapimba!
– Viva!
– Viva o Carlos Alberto!
– Viva!
Então o Carlos Alberto gritou:
– Ei, pessoal, não me chamem de Carlos Alberto! Podem me chamar de Caloca!

# Exercícios:
1) Quem é o protagonista, isto é, o personagem principal da história?

2) Quem narra a história participa dela ou não?

3) Carlos Alberto costumava fazer chantagem e impor condições para emprestar sua bola de couro. Comprove a afirmação com uma frase retirada do texto.

4) Qual era a finalidade da reunião que Catapimba, o secretário do time, resolveu fazer?

5) Qual era o nome do time?

6) Ao final, o time saiu campeão. Se Carlos Alberto tivesse continuado com o mesmo comportamento de antes, tu achas que o time sairia vitorioso? Justifique sua resposta.

7) Relacione as ações às reações dos personagens:
(1)  O juiz marca falta.
(2)  Catapimba fez uma reunião para resolver o problema.
(3)  Caloca se arrepende e pede para voltar ao time.
(4)  O time conquista a vitória no campeonato.

(     ) Caloca retira-se do time, isolando-se dos colegas.
(     ) Todos se abraçam e gritam “viva”.
(     ) Caloca grita: “Assim eu não jogo mais! Dá aqui a minha bola!”
(     ) Os colegas recebem Caloca de volta ao time.

8) Carlos Alberto apresenta características diferentes no decorrer dos três momentos da narrativa. Faça a devida associação:
(1)   1° momento     (2)   2° momento     (3)   3° momento

(     ) solitário          (     ) briguento          (     ) cooperativo
(     ) egoísta           (     ) zangado            (     ) arrependido
(     ) chantagista      (     ) amigável           (     ) encrenqueiro

9. Relacione o tema da história do texto com o fato de a Copa do Mundo de futebol neste ano ser realizada no Brasil. Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Atividade com o texto "Bilhete do Futuro", de Affonso Romano de Sant´Anna



Leia o texto "Bilhete ao futuro", de Affonso Romano de Sant´Anna:

Bela ideia essa de Cristóvam Buarque, ex-reitor da Universidade de Brasília e ex-ministro da Educação, de pedir às pessoas do nosso país que escrevessem um “bilhete ao futuro”. O projeto teve a intenção de recolher, no final dos anos 80, no século passado, uma série de mensagens que seriam abertas em 2089, nas quais os brasileiros expressariam suas esperanças e perplexidades diante do tumultuado presente do fabuloso futuro.
Oportuníssima e fecunda ideia. Ela nos colocou de frente ao século XXI, nos incitou a liquidar de vez o século XX e a sair da hipocondria político-social. Pensar o futuro sempre será um exercício de vida. O que projetar para amanhã? (...)

# Exercícios:
1) Os dois parágrafos acima fazem parte do texto cujo autor é Affonso Sant’Anna. Esse tipo de produção textual é chamado de crônica, porque:
a)   defende um tema.
b)   tenta ludibriar o leitor.
c)   faz o registro do dia-a-dia.
d)   conta uma história antiga.
e)   exalta as belezas do país amado.

2) O acontecimento que originou esse texto está relacionado:
a)   à promoção do reitor da Universidade de Brasília.
b)   à realização do reitor como mestre da Universidade de Brasília.
c)   ao pedido feito pelo reitor da Universidade às pessoas de Brasília.
d)   à liquidação dos problemas do século XX.
e) ao pedido feito pelo ex-reitor da Universidade de Brasília aos brasileiros.

3) Segundo o cronista, o bilhete ao futuro:
a)   incitaria as pessoas a “sair da hipocondria político-social”.
b)   incitaria as pessoas à revolta social e política no presente e no futuro.
c)   incitaria as pessoas a liquidarem de vez com as ideias do século XX e do século XXI.
d)   incitaria as pessoas a escreverem mensagens de desilusão.
e)   incitaria as pessoas a se comunicarem por bilhetes, algo incomum nos dias atuais.

4) Segundo o cronista:
a) futuro jamais deverá ser pensado pelos hipocondríacos político-sociais.
b) o amanhã é algo imprevisível; sempre haverá momentos tumultuados.
c) o estímulo à fuga da hipocondria político-social seria a oportunidade que a redação do bilhete oferece.
d) o povo não queria se comprometer com as políticas sociais da década.
e) a população tinha muita dificuldade para redigir o bilhete do futuro.

5) A frase que exprime a conclusão do cronista sobre o significado de escrever um bilhete ao futuro é:
a)   “O futuro e o presente só interessam ao passado.”
b)   “O passado é importante e, no futuro, seja o que Deus quiser.”
c)   “O presente é hoje e não é necessário preocupação com o futuro.”
d)   “Pensar o futuro é um exercício de vida.”
e)   “O futuro, a gente deixa para pensar amanhã.”

6) As mensagens que as pessoas enviariam ao futuro são representadas, no texto, pelas palavras:
a)   belezas e possibilidades
b)   esperanças e perplexidades
c)   angústias e esperanças
d)   realizações e lembranças
e)   frustrações e melancolias

7) O tratamento adequado para se referir ao reitor de uma Universidade é:
a)   Ilustríssimo Senhor
b)   Vossa Magnificência
c)   Excelentíssimo Senhor
d)   Vossa Senhoria
e)   Vossa Excelência

8) As duas vírgulas que aparecem na primeira frase foram empregadas para expressar uma:
a)  explicação
b)  contrariedade
c)  adversidade
d)  enumeração
e)  oposição

9) Um ser humano que sofra de hipocondria, segundo o texto, e considerando o sentido conotativo, é assim conhecido por:
a)   apresentar obesidade descontrolada
b)   possuir seríssimos  problemas de saúde
c)   ser extremamente romântico
d)   isolar-se socialmente
e)   ser dependente de medicamentos

10) O pronome ela, destacado no texto, relaciona-se à palavra:
a)  mensagem
b)  hipocondria
c)   esperança
d)  intenção
e)  ideia

# RESPOSTAS (GABARITO)

Fonte: http://escritaemacao.blogspot.com.br/ Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...