domingo, 26 de fevereiro de 2012

Gabarito: Atividade a partir de duas poesias de Cruz e Sousa (Simbolismo)



# Respostas:
1. 
a. Resposta: Sim, ambos os textos são sonetos, com versos decassílabos, forma poética amplamente cultivada pelos poetas parnasianos.

b. Resposta: 1ª estrofe: as ânsias e os desejos vão subindo / para as Estrelas de cristais gelados, / galgando noivados azuis e siderais / vestindo a amplidão de nuvens brancas... 3ª estrofe: incenso aromal claro, límpido e leve / levanta Visões de ondas nevoentas / dos etéreos turíbulos de neve...

c. Resposta: As reticências deixam os versos não concluídos, produzindo certa imprecisão nas imagens e dando ideia de que tudo fica em aberto, sem conclusão ou fechamento. O emprego de maiúsculas dá destaque às palavras e cria uma atmosfera mais emocional nos poemas.

2. 
a. Resposta: Manifesta-se na sugestão de que os desejos vão em direção às estrelas e se integram ao mundo cósmico e celestial: "Para as Estrelas... as ânsias e os desejos vão subindo / galgando azuis e siderais noivados"; "vão com os arcanjos formulando ritos".

b. Resposta: cânticos, arcanjos, etéreos turíbulos, incenso, ritos

3. 
a. Resposta: O cromatismo consiste na reunião de elementos esbranquiçados ("brancas", "nevoentas"), translúcidos ("cristais") e brilhantes ("Estrelas", "Astros", "de ouro", "prateados"). Esse cromatismo tem como efeito a criação de uma atmosfera cósmica, transcendente, misteriosa.

b. Resposta: As palavras expressam a ideia de infinitude e amplidão. O emprego das palavras confere ao poema uma atmosfera vaga, imprecisa.

4. 
a. Resposta: Ele trata do tema de maneira subjetiva, por meio de sugestões, em que associa a morte a uma música que lhe desperta diferentes sentimentos e sensações: "gela", "estranha", "maravilhosa", "onda nervosa", "absurda", "tremenda", etc.

b. Resposta: A "Música da Morte" é um "ópio letal" que "fascina"; é "imensa música sombria", mas "maravilhosa"; é prazer e dor ("volúpia dolorosa"). Essas faces opostas expressam a atração e, ao mesmo tempo, o temor que a morte desperta no eu lírico.

c. Resposta: Para o eu lírico, a "Música da Morte" toca os níveis mais profundos de sua mente: ela "alucina" "como um ópio letal", provoca vertigens ("vertiginando") e fascina os seus "nervos".

5. Resposta: Texto I: "Estrelas de cristais gelados" (visão e tato); "cânticos alados" (audição e visão); "claro incenso aromal" (visão e olfato). Texto 2: "Música da Morte... passa a tremer pela minh'alma e fria / gela" (audição e tato).

6. 
a. Resposta: No texto 1 a aliteração se constrói com a repetição do fonema /s/, e a assonância, com a repetição dos fonemas nasais (como em "galgando"), e ; no texto 2, a aliteração se constrói com a repetição dos fonemas consonantais /s/, /z/ e /r/ (como em "estranha"), e a assonância, com a repetição dos fonemas nasais , , , /õ/.

b. Resposta: Esses recursos sonoros têm o papel de criar determinada atmosfera em cada um dos poemas. Assim, no texto 1, a musicalidade evoca uma atmosfera mística, vaga, celestial e, no texto 2, uma atmosfera terrificante, associada à morte.

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