domingo, 28 de julho de 2013
Atividades sobre tipos de sujeito (II)
De acordo com a visão do eu lírico, qual é o maior inimigo do amor? A fofoca, o diz que diz dos outros. Leia o poema, a seguir, de Vera Beatriz Sass, e responda às questões de 1 a 5.
Meio-dia
É meio-dia
no meio do mundo
balões verdes
balões vermelhos
cirandam com os raios de sol
coloridos, dispersos
refletidos nos vitrais
das igrejas.
Será o meio do mundo
no país dos egípcios
ou na Montanha Meru
dos hindus?
Bate meio-dia
no relógio solar
da capital da China,
abre-se o portão dos deuses
na Babilônia.
É meio-dia
no meio do mundo
no friozinho da barriga
do menino da rua. (Gata cigana. Erechim: Edelbra, 1991. p. 12.)
1. Há, no poema, uma oração que se repete duas vezes e que é responsável pela indicação do tempo em que ocorrem as ações verbais.
a) Qual é essa oração?
b) Ela apresenta sujeito?
c) Que diferença sintática ocorre entre a oração apontada no item a e esta: “Bate meio-dia / no relógio solar / da capital da China”?
2. A palavra meio é empregada nesse texto com dois sentidos. Qual é o sentido dela nas expressões:
a) meio-dia?
b) meio do mundo?
3. O poema tem como personagem um menino de rua. O meio-dia provoca efeitos no mundo exterior e sensações no menino.
a) Que efeitos de luz o meio-dia provoca nos vitrais das catedrais?
b) Por que esses efeitos são associados pelo menino a balões coloridos?
c) Quanto às sensações internas do menino:
• Que palavra dos últimos versos está em oposição ao calor dos raios de sol do mundo exterior? O
• Essa palavra indica que o menino está tendo que tipo de sensação?
4. Nos primeiros versos, ao afirmar que “É meio-dia / no meio do mundo”, o eu lírico faz referência
ao tempo e ao espaço.
a) Supor que também seja meio-dia em diferentes partes do mundo é um pensamento lógico ou
é imaginação do menino?
b) Que lugar é o “meio do mundo” para o menino?
5. Concluindo esse estudo, assinale as afirmativas corretas:
a) O poema cria um jogo de tempo e espaço a partir das expressões “meio-dia” e “no meio do mundo”.
b) O poema trabalha com oposições, como entre o “friozinho” da barriga do menino e os raios de sol do meio-dia; entre a triste realidade da fome e o alegre mundo de imaginação da criança.
c) Na construção do poema há um movimento que caminha do geral — “é meio-dia”, “no meio do mundo” — para o particular — “no friozinho da barriga / do menino da rua”.
d) No movimento do geral para o particular verificado no poema, passa-se pelo seguinte caminho: dentro do mundo há um país, dentro deste uma cidade, e dentro desta uma rua. E nessa rua há um menino, e na barriga dele há fome. A fome, portanto, é uma situação particular, mas no poema acaba ganhando uma dimensão social e universal, já que esse menino não é o único a viver nas ruas nem o único ser humano a sentir fome.
# RESPOSTAS (GABARITO)
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